segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Terror Universal


Carl Laemmie, nascido na Alemanha, era um imigrante judeu que se estabeleceu nos EUA criando um circuito de cinemas que chamou de Nickelodeon (pois o ingresso custaria um níquel). Com o sucesso do empreendimento, em 1912, em Nova Iorque, ele que já presidia a  Independent Motion Picture Company, associou-se a Pat Powers da Powers Picture Plays, Mark Dintenfass da Champion Films e Bill Swanson da American Éclair, criando um estúdio que chamaram de Universal . A empresa fazia filmes de baixo orçamento endereçados aos Nickelodeons. Mais tarde, Leammie deu de presente ao filho (Leammie Jr) a produção de alguns títulos. O rapaz fez coisas mais pretensiosas como uma série de terror e acabou ganhando um Oscar por “Sem Novidades no Front”. Mas houve sério  prejuízo financeiro e os Leammie venderam o estúdio. Mesmo assim a Universal Pictures prosseguiu e hoje é uma das grandes produtoras & distribuidoras de Hollywood.
            Esta semana o cinema Olympia de Belém vai recordar a série da Universal dedicada ao terror. Clássicos como “Frankenstein” estarão na tela. É bom lembrar que este filme foi dirigido por James Whale afinal a personagem de “Deuses e Monstros”(Gods and Monsters/1998, de Bill Condon com Ian McKellen. Ali se tratava da homossexualidade do cineasta e a sua morte na piscina de sua casa tida como suicídio.
            É importante o estudante de cinema conhecer os “terror Universal” que marcaram uma época. Em Belém havia um cinema chamado Universal, na Cidade Velha, e chegava a usar o logotipo da firma norte-americana. Por ai se tira a popularidade do gênero. Se não deu lucro aos Leammie mesmo assim ganhou a historia de uma arte.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Hannah



“Hannah” é o segundo longa-metragem realizado por Andrea Pallaoro. E ele repousa na atriz Charlotte Rampling. Ela está em quase todos os planos,muitas vezes em close e silencio,tentando sempre dimensionar o drama intimo deixado pela prisão do marido(sem que se explique o motivo) e o desprezo do filho que chega a proibir seu contato com o neto.
            Charlotte é a personagem-titulo e condensa um argumento que não requer muitas elucidações.Lembrei até de Falconetti em ‘”A Paixão de Joana D’Arc” de Dreyer. Só que o campo de ação é mais amplo embora não seja a preocupação do roteiro.
            Um típico filme de atriz.