Carl Laemmie, nascido na
Alemanha, era um imigrante judeu que se estabeleceu nos EUA criando um circuito
de cinemas que chamou de Nickelodeon (pois o ingresso custaria um níquel). Com
o sucesso do empreendimento, em 1912, em Nova
Iorque, ele que já presidia a Independent Motion Picture Company, associou-se a Pat
Powers da Powers Picture Plays, Mark Dintenfass da Champion Films e Bill
Swanson da American Éclair, criando um estúdio que chamaram de Universal
. A empresa fazia filmes de baixo orçamento endereçados aos
Nickelodeons. Mais tarde, Leammie deu de presente ao filho (Leammie Jr) a
produção de alguns títulos. O rapaz fez coisas mais pretensiosas como uma série
de terror e acabou ganhando um Oscar por “Sem Novidades no Front”. Mas houve
sério prejuízo financeiro e os Leammie
venderam o estúdio. Mesmo assim a Universal Pictures prosseguiu e hoje é uma
das grandes produtoras & distribuidoras de Hollywood.
Esta semana o cinema Olympia de Belém vai recordar a
série da Universal dedicada ao terror. Clássicos como “Frankenstein” estarão na
tela. É bom lembrar que este filme foi dirigido por James Whale afinal a
personagem de “Deuses e Monstros”(Gods and Monsters/1998, de Bill Condon com
Ian McKellen. Ali se tratava da homossexualidade do cineasta e a sua morte na
piscina de sua casa tida como suicídio.
É importante o estudante de cinema conhecer os “terror
Universal” que marcaram uma época. Em Belém havia um cinema chamado Universal,
na Cidade Velha, e chegava a usar o logotipo da firma norte-americana. Por ai
se tira a popularidade do gênero. Se não deu lucro aos Leammie mesmo assim
ganhou a historia de uma arte.
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