quarta-feira, 28 de agosto de 2019

George Pal


George Pal (1908-1980) era de nacionalidade húngara e fez cinema desde que saiu da escola de arte na sua terra, trabalhando em animação na Alemanha (1931-1932)onde criou nos estúdios UFPA os bonecos Puppets que em stop-motion faziam sucesso em curtas-metragens. Com o advento do nazismo partiu para a Holanda e de lá passou com a esposa por vários países até chegar aos EUA onde foi contratado pela Paramount. Em 1950 deixou os seus bonecos(já chamados Puppetoons) e partiu para um gênero de filmes que antes eram proscritos pela indústria cinematográfica enquadrando-se nas chamadas B-Pictures . Fez “Destino a Lua”(Destination Moon) com direção de Irving Pichel e ganhou o Oscar de efeitos especiais.
                “Destino...” foi vendido como uma realidade futura, Não previa os segmentos dos foguetes que seguiam ao satélite da Terra mas o seu defeito percebido pelos analistas foi de mostar um objeto caindo quando astronautas estavam fora da nave esquecendo a ausência de gravidade. Mesmo assim o sucesso animou o produtor. Fez em seguida “O Fim do Mundo”(When Worlds Collide)com direção de Rudolph Maté (fotografo de “A Paixão de Joana D’Arc” de Carl Dreyer um clássico mudo) aventando a fantasia de uma estrela e seu planeta se encaminharem para a Terra e a estrela chocando-se com o nosso astro fazendo com que as pessoas migrassem para o plenata errante que ganhava as condições do nosso. Um sucesso comercial que levou Pal a abraçar o gênero por muitos anos chegando a dirigir alguns títulos como “A Maquina do Tempo”(The Time Machine) que fez da historia de H.G. Wells.
                Pal esteve no Brasil quando do primeiro Festival de Cinema do Rio de Janeiro e aqui mereceu um premio (Monólito Negro a lembra o marco de “2001 Uma Odisseia no espaço”(2001 A Space Odissey/1968) de Stanley Kubrick.
                Foi um raro exemplo de produtor ligado a um gênero e cuidadoso com a estética do que produzia  e dirigia.