terça-feira, 25 de setembro de 2018

Sobreviver o Dia da Eleição


O filme “The Purge”(12 Horas Para Sobreviver o Dia da Eleição) ganhou pelo menos duas versões de cinema e uma série de TV. Tudo da cabeça do cineasta James DeMonaco, mostrando que a violência pode ganhar uma noite por ano nos EUA e nesta noite não se considera crime o assassinato. A ideia filmada pode ser vista na Netflix e trata de uma senadora que se mostra contra a franquia do ato violento e por isso é perseguida.
Achei curioso ver o filme no Brasil de hoje. Nos não temos (ainda)o “purge” ou hora de expandir a violência. Mas há um candidato a presidência que prega a “o ataque como defesa” propondo que as pessoas devem andar armadas e atirar em quem assalta pois “bandido bom é bandido morto”. Partindo dessa premissa tudo o mais é modelado pela brutalidade ou desprezo ao comportamento que se tem como civilizado. Noutros termos, é um zero na democracia.
No filme de DeMonaco vê-se dezenas de corpos dependurados em cordas no meio da noite de horror. Por aqui, nos idos de 1964-1985 os corpos não estavam expostos, mas escondidos nos porões dos algozes. Foi um marco na lembrança de quem viveu o período, mas hoje parece esquecido por eleitores de um adepto da força bruta.
“The Purge”, que pode ser visto em casa, não é bom como cinema, mas é um superlativo de ideia malsã que foge do espaço geográfico exposto. Por isso merece ser olhado.








quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Filme Noir


A expressão “film noir” vem do crítico francês Nino Frank que em 1946 achou uma analogia com o que as histórias policiais publicadas pela editora Fallimard chamadas de Série Noir (porque as publicações tinham capa preta e amarela). Na verdade o termo ganhou espaço no cinema quando críticos franceses como Andre Bazin viam liames do expressionismo alemão nos planos em que se reforçava o claro-e-escuro usando filtros amarelos nas lentes da filmagem em preto e branco. Os roteiros eram geralmente histórias de crimes e detetives sarcásticos com expressões caras a atores como Humphrey Bogart.
                Hoje uma editora de DVD publica séries de “filme noir”.Repassa o que Hollywood fez nas décadas de 40 e 50 e já atinge produções francesas do mesmo período(adentrando pelos sessenta).
                Muitos cineastas de filmes B faziam noir. Era a chance de sair dos seriados de aventuras e westerns de 6 rolos (1 hora de projeção).Se deu em muito lixo também deu obras meritórias. E diretores como John Huston e até mesmo Stanley Kubrick andaram pelo mundo noir. Nas coleções para ver em casa há um verdadeiro curso de cinema. Os fãs devem aproveitar. E lembro que artistas criadores como Edgar G.Ulmer andaram por este caminho. Gente que os novos amantes de cinema pouco conhecem. O editor brasileiro é o sr.Oceano da Versátil Home Video. Ele também edita os filmes de terror modestos e alguma coisa da ficção cientifica(ainda há muito a ver desse gênero). Procurem ver.