Tenho
por tradição ver a entrega dos Oscar pela TV. Lembro de que cheguei a ser
convidado para ver de perto o programa pelo cineasta Frank Capra. Não fui
porque o representante brasileiro da Motion Picture, Harry Stone, disse em
carta que a hospedagem em LA nessa época era difícil. Capra responderia, na
minha ausência, que onde ficar estava explicito no convite. Quem não gostou da
historia foi o amigo Edwaldo Martins que sonhava com uma coisa dessas. Mas
vamos ver em que merda deu a entrega dos troféus mais famosos do cinema
industrial neste ano de 2019. Começa com o filme. “Green Book” é mediano, mas
ao ganhar passou os piores “Nasce uma Estrela”(quarta e pior versão da coisa, a
melhor por conta da versão com Judy Garland) e “Pantera Negra”(poder da Marvel
& Disney).
, “Roma”, já havia sido premiado como filme estrangeiro(mexicano).
Sem ele ficaria “Vice”, ocasião de se criticar a administração atual dos EUA. E
a chance maior para Spike Lee com o seu “Infiltrado no Klan” outra maneira de
se tratar criticamente o governo republicano em voga(e o diretor já havia
discursado contra isso ao ser premiado antes). Mas o pior mesmo foi mais uma
vez desprezarem Glenn Close, ótima em “A Esposa”(The Wife). Houve quem achasse
um papel menor da atriz tantas vezes indicada e tantas outras ocasiões
premiada. Não é. Até o nome do filme se
deve à ela.
E Christian
Bale esteve tão bem em “Vice”, inclusive com a maquilagem sensacional que
poderia repetir o Churchill de Gary Oldman no ano passado. Deu o interprete de
Fred Mercury, Rami Malek, no razoável “...Raphsody”.
Sem
apresentador, o que fez a cerimonia mais curta, e sem a coreografia de musicais
em outras épocas (fato que seria lamentado pelo Edwaldo, um assíduo da
transmissão do Oscar) , ficou só um elogio: lembrarem o brasileiro Nelson
Pereira dos Santos entre as perdas no ano que passou.
De um
modo geral o Oscar 2019 foi mais um acerto do “poder negro”, com muitos astros
de cor no palco e na plateia (um acerto que Griffith cairia do cavalo quando
fez “Nascimento de uma Nação”, o épico racista) e no bojo a força estrangeira
como o mexicano Cuaron que parecia faze piada do muro que Trump que fazer na
fronteira de seu país.Não valeu minha dormida na madrugada(eu que durmo cedo).
i