quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Oscar 2019


                Tenho por tradição ver a entrega dos Oscar pela TV. Lembro de que cheguei a ser convidado para ver de perto o programa pelo cineasta Frank Capra. Não fui porque o representante brasileiro da Motion Picture, Harry Stone, disse em carta que a hospedagem em LA nessa época era difícil. Capra responderia, na minha ausência, que onde ficar estava explicito no convite. Quem não gostou da historia foi o amigo Edwaldo Martins que sonhava com uma coisa dessas. Mas vamos ver em que merda deu a entrega dos troféus mais famosos do cinema industrial neste ano de 2019. Começa com o filme. “Green Book” é mediano, mas ao ganhar passou os piores “Nasce uma Estrela”(quarta e pior versão da coisa, a melhor por conta da versão com Judy Garland) e “Pantera Negra”(poder da Marvel & Disney).
, “Roma”, já havia sido premiado como filme estrangeiro(mexicano). Sem ele ficaria “Vice”, ocasião de se criticar a administração atual dos EUA. E a chance maior para Spike Lee com o seu “Infiltrado no Klan” outra maneira de se tratar criticamente o governo republicano em voga(e o diretor já havia discursado contra isso ao ser premiado antes). Mas o pior mesmo foi mais uma vez desprezarem Glenn Close, ótima em “A Esposa”(The Wife). Houve quem achasse um papel menor da atriz tantas vezes indicada e tantas outras ocasiões premiada. Não é. Até  o nome do filme se deve à ela.
                E Christian Bale esteve tão bem em “Vice”, inclusive com a maquilagem sensacional que poderia repetir o Churchill de Gary Oldman no ano passado. Deu o interprete de Fred Mercury, Rami Malek, no razoável “...Raphsody”.
                Sem apresentador, o que fez a cerimonia mais curta, e sem a coreografia de musicais em outras épocas (fato que seria lamentado pelo Edwaldo, um assíduo da transmissão do Oscar) , ficou só um elogio: lembrarem o brasileiro Nelson Pereira dos Santos entre as perdas no ano que passou.
                De um modo geral o Oscar 2019 foi mais um acerto do “poder negro”, com muitos astros de cor no palco e na plateia (um acerto que Griffith cairia do cavalo quando fez “Nascimento de uma Nação”, o épico racista) e no bojo a força estrangeira como o mexicano Cuaron que parecia faze piada do muro que Trump que fazer na fronteira de seu país.Não valeu minha dormida na madrugada(eu que durmo cedo).

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