George Pal (1908-1980) era de nacionalidade húngara e fez
cinema desde que saiu da escola de arte na sua terra, trabalhando em animação
na Alemanha (1931-1932)onde criou nos estúdios UFPA os bonecos Puppets que em
stop-motion faziam sucesso em curtas-metragens. Com o advento do nazismo partiu
para a Holanda e de lá passou com a esposa por vários países até chegar aos EUA
onde foi contratado pela Paramount. Em 1950 deixou os seus bonecos(já chamados
Puppetoons) e partiu para um gênero de filmes que antes eram proscritos pela indústria
cinematográfica enquadrando-se nas chamadas B-Pictures . Fez “Destino a Lua”(Destination
Moon) com direção de Irving Pichel e ganhou o Oscar de efeitos especiais.
“Destino...”
foi vendido como uma realidade futura, Não previa os segmentos dos foguetes que
seguiam ao satélite da Terra mas o seu defeito percebido pelos analistas foi de
mostar um objeto caindo quando astronautas estavam fora da nave esquecendo a ausência
de gravidade. Mesmo assim o sucesso animou o produtor. Fez em seguida “O Fim do
Mundo”(When Worlds Collide)com direção de Rudolph Maté (fotografo de “A Paixão
de Joana D’Arc” de Carl Dreyer um clássico mudo) aventando a fantasia de uma
estrela e seu planeta se encaminharem para a Terra e a estrela chocando-se com
o nosso astro fazendo com que as pessoas migrassem para o plenata errante que
ganhava as condições do nosso. Um sucesso comercial que levou Pal a abraçar o gênero
por muitos anos chegando a dirigir alguns títulos como “A Maquina do Tempo”(The
Time Machine) que fez da historia de H.G. Wells.
Pal
esteve no Brasil quando do primeiro Festival de Cinema do Rio de Janeiro e aqui
mereceu um premio (Monólito Negro a lembra o marco de “2001 Uma Odisseia no
espaço”(2001 A Space Odissey/1968) de Stanley Kubrick.
Foi um
raro exemplo de produtor ligado a um gênero e cuidadoso com a estética do que
produzia e dirigia.
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