Dziga Vertov ficou na historia do cinema como “o olho”. Seu
filme emblemático. “O Homem e sua Camera”(também conhecido por “Camera Olho”,
em 1924) na verdade é uma antologia da montagem (ou edição). Sua filmagem não
é, como diz o prologo da copia hoje transmitida pelo canal Telecine Cult(Sky), aleatória
(sem roteiro, nada mais que registro de imagens). Basta que se veja crianças
apreciando um jogo de achar a prenda com alternância de faces risonhas. E há prodigiosos
travellings como uma viagem de moto. O filme vale pela afirmação de que cinema
é sequenciamento de imagens, o trabalho de editar o que se filmou ( e há planos
intercalados feitos na hora da filmagem). Não é, portanto, “Um homem e sua câmera”
ou “câmera olho”, É o trabalho de se moldar o que se viu (filmou) para ganhar
um ritmo. Uma aula nesse setor.
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