Um filme, de uma peça teatral que eu não vi, chamou-se “Boeing Boeing”. Eu lembro agora com um novo blog editado pelo meu neto Olavo : “blog blog”. Sim, já tinha um “bloguinho” que me parecia a Conceição do samba: “se subiu ninguém sabe, ninguém viu”. Agora espero ter mais leitores. Mas se não tiver não faz mal. O jornalista Joaquim Antunes costumava dizer que escrevia para os seus 7 leitores. Eu não penso nem na conta de mentiroso. Escrevo porque gosto de escrever. E levo na gozação o que para muita gente é sério. Sou da escola do cineasta italiano Dino Risi: “rindo castiga-se mais”. Ou do velho conselho à titulo de receita: “rir é o melhor remédio”. Não é disparate: há remédios que doem, e os efeitos colaterais em muita gente que eu conheço não estão para mentir.
Começo o novo blog tratando da minha droga: o cinema. E neste julho moribundo a programação comercial do gênero assume outro tipo de droga. Depois de “Inimigos Públicos”, afinal um filme de gangster caro, bem feito, mas sem muito a dizer além do que se disse no tempo de James Cagney, só “Rio Congelado”, aquela pequena jóia encimada pela cara sofrida da atriz Melissa Leo, ela a cantar que o rio canadense não é sua rua mas o seu sofrimento, abandonada pelo marido, criando como pode dois meninos, obrigada pela necessidade a contrabandear gente para Nova York. O filme foi o que de melhor eu vi fora de casa este mês. Dentro de casa vejo a média de dois DVDs por dia. Revejo coisas que deixaram saudades como Irene Dunne atropelada ao ir se encontrar com Charles Boyer no Empire State Building segundo Leo McCarey (“Duas Vidas”/Love Affair) e descubro suspense(mesmo) como “O Vizinho” (Lakeview Terrace) de Neil Labute. Há muito na Fox Vídeo ou no meu arquivo. É o meu abastecimento. Sem ele já estaria mordendo cachorro. E agora nem isso: um dente safado está me lembrando que canal não é só o de Suez ou do Panamá, este último visitado no inicio do mês por duas filhas e suas famílias.
Bem, por hoje é só. Experimento este blog que a minha Luzia ajudou a dar a luz.Mas creiam-me: não vou abandonar o outro. (PV)
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