Datar
historias de ficção cientifica é um perigo. No cinema eu lembro que o “Daqui a
Cem Anos”(Things to come) de William Cameron Menzies com roteiro de H. G.
Wells, um avião do século XXI ainda não usava jatos e motores de explosão ficam
abaixo de tombadilhos onde os passageiros “tomavam banho de sol” como se
estivessem num transatlântico. Neste filme, a viagem a lua seria só em
2036. No “Blade Runner” de 1982 a ação
se passa em 2019 (daqui a pouco mais de um ano) e já se fala em colônias
espaciais e robôs de forma humana numa Los Angeles que parece Hong Kong. Não há
telefone celular embora impressões vocais abram portas. Agora uma nova versão
joga a historia para 2049 e a tecnologia ajuda a servir de trampolim. Ainda não
vi o novo filme mas de entrada me parece oportunismo comercial. Ridely Scott
entregou a direção a Dennis Villaneuve saído do excelete “Chegada”. Por ele
merece uma ida ao cinema. Mas é bom lembrar “Barton Fink” e ver que filme
comercial bisa, acima de tudo, faturamento.
É bom
frizar que o “2001”de Kubrick não queria dizer o ano. Era o século iniciante.
Nesses filmes espera-se milagres tecnológicos e tragédias acompanhantes. Os
profetas de cinema não são nada animadores.
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