sábado, 7 de outubro de 2017

Sci-fi datada

                Datar historias de ficção cientifica é um perigo. No cinema eu lembro que o “Daqui a Cem Anos”(Things to come) de William Cameron Menzies com roteiro de H. G. Wells, um avião do século XXI ainda não usava jatos e motores de explosão ficam abaixo de tombadilhos onde os passageiros “tomavam banho de sol” como se estivessem num transatlântico. Neste filme, a viagem a lua seria só em 2036.  No “Blade Runner” de 1982 a ação se passa em 2019 (daqui a pouco mais de um ano) e já se fala em colônias espaciais e robôs de forma humana numa Los Angeles que parece Hong Kong. Não há telefone celular embora impressões vocais abram portas. Agora uma nova versão joga a historia para 2049 e a tecnologia ajuda a servir de trampolim. Ainda não vi o novo filme mas de entrada me parece oportunismo comercial. Ridely Scott entregou a direção a Dennis Villaneuve saído do excelete “Chegada”. Por ele merece uma ida ao cinema. Mas é bom lembrar “Barton Fink” e ver que filme comercial bisa, acima de tudo, faturamento.

                É bom frizar que o “2001”de Kubrick não queria dizer o ano. Era o século iniciante. Nesses filmes espera-se milagres tecnológicos e tragédias acompanhantes. Os profetas de cinema não são nada animadores.

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