“Green Book” espanta vindo do diretor de comedias lineares
como “Quem Vai Ficar com Mary” ou “Debi Loide”:Peter Farrely. Credito para o
roteiro de Nick Villelonga e Brian Currie que também contou com a ajuda do próprio
Farrely. Trata de um descendente de italianos, brigão por natureza, que aceita
ser o motorista de um pianista negro pelo sul dos EUA em 1962. Quer dizer:
trafegar pelo inferno, enfrentando a onda de preconceito nos diversos estados e
tentando cumprir a missão a tempo de passar o Natal com a família.
Dois
tipos capitais são encarnados por Viggo
Mortsen e Mahershela Ali. O primeiro é o motorista, o segundo o passageiro. De
carro eles cortam o Mississipi &adjacências, com o negro sabendo que mesmo
com a sua posição de artista consagrado, vivendo num apartamento em NY nos
altos do Music Hall, não pode frequentar certos espaços e sofre até mesmo
assedio policial na estrada e até restrição a banheiros específicos em
pousadas.
Poucos
filmes de estrada são tão ricos. A abordagem do racismo é tratada com acuidade
a ponto de passar por cima de caricaturas como em tantos outros filmes do gênero.
É uma exposição sensível digna dos prêmios que vem recebendo.
Tomara
que chegue aos cinemas locais.
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