sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Green Book


“Green Book” espanta vindo do diretor de comedias lineares como “Quem Vai Ficar com Mary” ou “Debi Loide”:Peter Farrely. Credito para o roteiro de Nick Villelonga e Brian Currie que também contou com a ajuda do próprio Farrely. Trata de um descendente de italianos, brigão por natureza, que aceita ser o motorista de um pianista negro pelo sul dos EUA em 1962. Quer dizer: trafegar pelo inferno, enfrentando a onda de preconceito nos diversos estados e tentando cumprir a missão a tempo de passar o Natal com a família.
                Dois tipos capitais são encarnados por  Viggo Mortsen e Mahershela Ali. O primeiro é o motorista, o segundo o passageiro. De carro eles cortam o Mississipi &adjacências, com o negro sabendo que mesmo com a sua posição de artista consagrado, vivendo num apartamento em NY nos altos do Music Hall, não pode frequentar certos espaços e sofre até mesmo assedio policial na estrada e até restrição a banheiros específicos em pousadas.
                Poucos filmes de estrada são tão ricos. A abordagem do racismo é tratada com acuidade a ponto de passar por cima de caricaturas como em tantos outros filmes do gênero. É uma exposição sensível digna dos prêmios que vem recebendo.
                Tomara que chegue aos cinemas locais.

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