“Border” (que por aqui poderia se chamar “Fronteia”) vem de
uma historia de John Ajvide Lindqvist que mexe com a teoria de Darwin de forma como que estancando entre a evolução do animal
ao “homo sapiens”, focalizando a jovem Tina (Eva Melander) como uma espécie de
fera (uma espécie de reverso da personagem de “A Bela e a Fera”) trabalhando
como policial na fronteira de seu país e identificando fraudes pelo cheiro. Ali
ela encontra um igual, Vore(Eeron Milonoff)com quem passa a manter um
relacionamento intimo sabendo que ele tem vagina e ela um pênis, até aí jogando
com o defeito na evolução física (pouco se sabe dos pais desses tipos embora se
tenha alguma citação dos de Tina).
Os personagens extremamente feios formam o estranho romance
que o diretor Ali Abasi trabalha muito bem, amparado na primorosa maquilagem
tratada por 22 técnicos. Eles conseguem que a simpática Eva apareça um monstro,
deixando dela apenas o nariz (a lembrar o de Daniel Auteil e Carmen Maura).Interessa
primordialmente a sensibilidade do “monstro”, não só a capacidade animal do
faro como o relacionamento platônico com um namorado e o físico com o comparsa
de sexo que na verdade é “a” comparsa numa sequencia crua .
Trata-se de uma produção sueca muito curiosa e capaz de
jogar com a lenda e a realidade sem que seja preciso adentrar muito nos
problemas psicológicos advindos da capacidade dos “animais” terem evoluído apenas
em parte na escadinha que Darwin estudou.
Um filme sobretudo diferente. Seria uma Bela e a Fera sem príncipe
e no lugar dele outra Fera. Enfim um argumento novo no mundo de super-heróis
que invadem as telas de hoje;
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