segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Blake Edwards

O cineasta Blake Edwards morreu no dia 15 aos 88 anos. Fez de tudo em cinema. E pelo menos deixou títulos marcantes em gêneros opostos: “Vicio Maldito”(Days of Wine and Roses) no drama e “Um Convidado Bem Trapalhão”(The Party) na comédia.
Edwards era casado a mais de 40 anos com Julie Andrews. Com ele a “noviça rebelde” ganhou prêmios internacionais por “Victor & Victoria”.
Eu gostei muito de “Vicio Maldito”, prova da versatilidade de Jack Lemmon, ali fazendo um alcoólatra que tentava tirar a mulher (Lee Remick) do vicio, mas acabava mergulhado nele. E tenho “Um Convidado Bem Trapalhão” entre as comédias que mais me fizeram rir desde que o cinema aprendeu a falar (outro filme é “Quanto Mais Quente Melhor”). Edwards entendia bem Peter Sellers, Ganharam dinheiro e elogios na série “A Pantera Cor de Rosa”. E na TV criou Peter Gun, um detetive a fazer inveja a muitos das tele séries de hoje.
Claro que houve besteira. “S.O.B.” foi uma delas. Esqueçamos. Edwards chegou a um “filme de família” interessante posto que sincero: “Assim é a Vida”(That’s Life). O plot era Julie esperando o resultado de uma biopsia que poderia revelar um câncer. Não era. Festa para todos. Jack Lemmon fazia o alter-ego do diretor e duraria pouco tempo depois disso.
Os nomes que faziam filme agradáveis, sem a violência explicita e os efeitos de CGI, estão desaparecendo. Uma pena. Mas os filmes ficaram. Cinema desafia aquele silogismo irregular (“a vida é uma série de fatores que resiste à morte”).

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