quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Vez dos Vilões

O desenho animado deixou de ser “coisa de criança”. Hoje já se pode dizer que o vilão é um mocinho que não tem vez. “Megamente”(Megamind) trata disso. Feito pela equipe da Dream Works com direção de Tom McGrath começa gozando a gênese do Super-Homem (Superman): assim como Jor-El e esposa lançam o filho no espaço quando o planeta deles agoniza, outro casal faz o mesmo. O destino das duas crianças é que se tornam diferentes: uma delas pousa num orfanato e o bebê recebe mimos e adoção. A outra cai no pátio de um presídio. Conseqüentemente o primeiro bebê vira o super-herói Metroman e o segundo o super-vilão Megamind (ou Megamente).
Herói e vilão se defrontam como manda o figurino até que Metroman bate as botas. Na verdade o herói saiu de cena cansado da guerra. Metrossexual ou simplesmente gay, prefere ficar em casa, trajando um pijama colorido, quem sabe recebendo os agrados de quem lhe atrai; Por outro lado, Megamente acaba sentindo-se só. E o pior: apaixona-se por uma jornalista e ela detesta a sua cara e a sua moral. Resultado: para não morrer de tédio cria um herói que substitua o inimigo aposentado. Escolhe o fotografo que sempre acompanha a jornalista e que de cara é um boboca. O resultado disso é que o medíocre com superpoderes que se transforma em destruidor da cidade.E o seu inventor, até por ter com quem brigar(ou brincar)passa a fazer tarefas de herói.Evidentemente a mocinha passa a gostar do que era bandido.
Com essa história o pessoal da Dream Works faz um cartoon diferente. Um dos mais engraçados dos últimos anos, e um dos mais afeitos ao principio de fabula que sempre norteou o gênero: a moral da história.
Segundo o filme, maniqueísmo é coisa dos Grimm ou de Perrault. Hoje o malvado pode ser melhor praça do que o bonzinho medíocre. Ou boboca. Para encerrar a festa há um arremedo do “Quem Quer ser um Milionário” de Danny Boye e todo mundo dança. Um show que se realiza não só à vista da garotada. Papais e mamães vão entrar no mesmo ritmo.

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