terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Coquetel de filmes

No Cinépolis eu pensei que estivesse algum membro da Academia de Letras (daqui ou da nacional). Mas OS IMORTAIS eram outros, justificados numa frase de abertura do filme: “A alma do homem é imortal mas a do justo é glorificada”(mais ou menos assim). Com isso justifica-se a morte de Teseu, o herói que na infância a gente aprende como o herói que lutou no labirinto contra um touro e foi salvo pelo que se passou a conhecer em diversas circunstancias atemporais como “o fio de Ariadne”. Mas quem espera encontrar este personagem da mitologia grega, registrada na memória infanto-juvenil, vai quebrar a cara.O filme é mais um blockbuster, ou bloquebosta que pinça inspiração no Olimpo. Seria justo se Zeus mandasse Thor lançar um raio na cabeça dos realizadores. O tal “raio que os parta”.
Fora das telonas impressionei-me com “Drive”, filme do ano passado que revela (pelo menos para mim)o diretor Nicolas Winding Refn e confirma o talento do ator Ryan Goslin que também vi fazendo o bonito em “Luta Pelo Poder”(de George Clooney). O tema podia ficar numa dessas intrigas policiais digna, hoje, de tele séries como “Law & Order”. Mas foge do comum com uma narrativa coesa e com parêntesis imaginosos que driblam o raciocínio dos espectadores acostumados com assaltos cinematográficos e castigo a la Dostoievsky. É um relato frio de um anti-herói que mata por caridade, ou melhor, por amor de uma viúva mãe de um garotinho (por quem ele se afeiçoa). Se passar por telonas locais não percam.
Também aplaudi em casa “Um Conto Chinês”, o citado “Tudo Pelo Poder”, e ainda “Separação” e “O Garoto da Bicicleta”. Tudo filme nota dez.
E vi um George Pal do mesmo ano de “Destino à Lua” e com o mesmo diretor, Irving Pichel: “Um Conto de Natal”(The Great Rupert/1950). Uma família assume “para pagar depois” um apêndice da casa de um usurário. O dinheiro que ele esconde num rodapé é expulso pelo esquilo que dá nome ao filme. Quem recebe a grana é a turma de penetras. Pensa que as notas caem do céu. Ingenuidade completada com o romance da filha dessa família sem grana (vinda do teatro de variedades) com o filho do pão-duro. Claro que tudo termina bem, mas a simpatia está em toda parte, da narrativa a Jimmy Durante como o patriarca dos beneficiados com o dinheiro “celestial”.
Quando eu era criança admirava o trabalho do húngaro George Pal , especialmente a ficção - cientifica. Ele chegou a ganhar um prêmio no I FestRio chamado “Monólito Negro”(alusão, claro, ao “2001” de Kubrick). Não conhecia este exemplar dos primeiros anos do produtor. Valeu a descoberta. Já não se faz esse tipo de cinema.

7 comentários:

  1. Veriano sabe, que Thor só obedecia ao seu chefão nórdico, e não a Zeus ...
    E, viva Ulisses, que fingiu-se até de louco, para não ir à guerra de Tróia ... pobre Penélope , e belo rio Araguaia! ( ver meu conto laureado nacionalmente, em 1983, UM DIA NA VIDA CABREIRA, DE JOÃO CARIOCA MACAXEIRA ... em:

    http://clicluizlima.blogspot.com/ )

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  2. Meu blog , talvez seja:

    http://www.clicluizlima.blogspot.com.br/

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  3. Ou :
    http://clicluizlima.blogspot.com

    E, no final, a ordem dos contos , é brasileira:
    1-Um Rompimento;2- Reencontro no Lennon Bar;e , 3- Kátia foi Passear no Bosque...

    Viel dank ...

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  4. Ou : TROPICALEIDOSCÓPIO
    http://clicluizlima.blogspot.com/

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  5. O deus supremo do Olimpo podia interferir no terreno de Odin e outros deuses doutras culturas.Minha filha tem um cachorro chamado Zeus. Late quando vê um colega doutra raça. Sabe aquela piada de cachorro que late n'agua lá te enterra ?

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  6. Legal, Veriano ...
    E, simplificando: para ler estes meus contos, é só clicar em clicluizlima, ao lado de minha foto, que logo aparecerá meu blog... viel dank !

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  7. E, viva Ulisses, que fingiu-se até de louco, para não ir à guerra de Tróia ... pobre Penélope , e belo rio Araguaia! [2]
    http://hostcarioca.com.br

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