terça-feira, 9 de outubro de 2012

Busca Rentável

No primeiro “Busca Implacável” a filha do agente americano era sequestrada por árabes terroristas (?) e o pai dela matava todos os sequestrados para libertar a garota. O filme deu dinheiro e Luc Besson, cineasta francês que começou fazendo “filme de arte”, achou que uma sequencia também daria . Fez este “Busca Implacável 2” onde pai e filha lutam para libertar a mulher/mãe sequestrada pelo pai dos primeiros sequestradores, agora desejoso de vingar a morte dos filhos na primeira aventura. É isso: o filme de hoje, com direção de Olivier Megaton no lugar de Pierre Morel (da primeira busca),é apenas uma troca de lugares, ou “a volta dos que não foram”. Resultado pratico: no fim de semana passada deu US$49.5 milhões nas bilheterias dos cinemas norte-americanos (custou apenas 80 mil). Liam Neeson é pau pra toda obra e assim como fez aquela lista (de Schindler)e esteve entre os sobreviventes de um desastre aéreo em “A Perseguição”, dá conta do recado. Imune às balas dos antagonistas, bom de soco no confronto com um atleta árabe, pula telhados ao lado da filha, ostenta apenas uma cicatriz na cara, e sorri no fim quando a moça reapresenta seu namorado, antes indesejado por ele. Ah sim: Neeson volta às boas com a mulher de quem estava separado. Moral da coisa: remédio para divorcio é sequestro de um dos conjugues. O pior de tudo é que a coisa diverte. Prudentemente curta(pouco mais de 90 minutos)não me fez consultar o relógio. A montagem acelerada caça a chatice. Por sinal que o diretor montou nas costas do editor. Bem dizia Kubrick: a edição é a arma especifica do cinema (só ele tem este recurso criador). E penso na minha ignorância nesse quesito da produção. Em meus vídeos de hoje peço penico para netas editoras. E espero sentado que elas falam uniam de pedacinhos de imagens roubadas daqui e dali...

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