segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Noir
O critico francês Nino Frank foi quem primeiro escreveu o termo “film noir”. Seria o filme escuro, geralmente os policiais rodados em preto e branco. A estética derivava do expressionismo alemão e não à toa entre os percussores do gênero estavam cineastas vindos da Alemanha ou da Áustria como Fritz Lang e Billy Wilder.
Quando eu comecei a escrever sobre cinema tinha com o exemplo de “noir” aquelas aventuras de detetives tipo Philip Marlowe (concebido por Raymond Chandler). Lia esse tipo de história na revista X-9 e nos “pocket-books”. E via os filmes em que Humprey Bogart, especialmente, andava de capa comprida, chapéu de feltro e cara amarrada.
Os noir derivaram do ciclo de gangsteres vindos dos anos 30. Paul Muni foi Al Capone no tempo em que o traficante ainda vivia (“Scarface”). James Cagney moldou muito bem o tipo no soldado vindo da 1ª.Guerra que ficava desempregado e achava o melhor meio de ganhar dinheiro na proibição de bebidas alcoólicas advinda da crise de 1929(“Heróis Esquecidos” é fundamental). Como esses filmes pediam uma fotografia contrastada, e até porque a censura proibida que se visse sangue, a identificação com o expressionismo dos anos 20 levou a que os críticos chamassem a coisa de “negra”. Engraçado foi um que viu nisso a economia de eletricidade usada por Jack Warner na Warner Bros, diminuindo os refletores(spots).
Uma revisão dos “noir” vai ser feita hoje no Olympia pela ACCPA. Do grupo de filmes escolhidos eu gosto de “Relíquia Macabra”(ou “Falcão Maltês”),”O Segredo das Joias”(ambos dirigidos por John Huston) e não sei se está “Um Retrato da Mulher” de Fritz Lang. Ah sim, tem o “Laura” de Otto Premminger onde Clifton Webb desafiou a homofobia de Daryl F. Zanuck, o chefão da 20th Century Fox por imposição do diretor. Um grande desempenho que quase dá o Oscar ao ator.
Essas mostras que estão sendo apresentadas no nosso cinema-vovô são interessantes para quem gosta e estuda cinema. Eu espero a de ficção cientifica. Acompanhei o gênero desde criança. Vivia no mundo da lua sem a careta edificada por George Mèliés. Durante este programa, a ter lugar em dezembro (desde que o mundo não acabe no dia 21 desse mês), vai figurar um curta que eu fiz: “O Maia Brasileiro”. Vou estar lá.
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