:
Abdellatif
Kechiche dirigiu “A Culpa de Voltaire” e “O Segredo do Grão” filmes
que eu vi graças a Cinemateca Francesa. Esse tunisiano é quem esteve por trás
das câmeras registrando a porfia sexual das meninas Adele Exarchopoulos e Lea
Seydoux em “Azul é a Cor Mais Quente”(La Vie D’Adele). Foi Palma de Ouro em
Cannes para surpresa de quem apostava na moral de Steven Spielberg presidente
do júri. Tudo porque Kechine ficou muitos minutos filmando as moças se
esfregarem. Minutos demais. E acabou sendo o defeito de seu filme. Não havia
necessidade de tanto. Batava uma sequencia (há umas quatro).
O filme não é só amor de lesbicas. Vai
fundo na solidão, no quanto alguém precisa de alguém. E salta aos olhos saber
que a bela Adele, nome de personagem e interprete, é quem mais precisa. Ela
encontra na amiga de cabelos azuis a pessoa que lhe dá guarida e carinho.
Ninguém na escola ou em casa lhe dá tanto- embora possa pedir.
Interpretações magistrais elevam o
filme e fazem se ver por 3 horas um romance gay (eu não só homófobo mas não me
encanta esse tipo de enlace). Posso crer que o diretor tenha desejado mesmo
focar o vazio de uma mulher em contraponto ao que outra quer solidificar. O
mundo que as cerca é realmente coadjuvante. Besteira é o titulo brasileiro. Mas
isso é lugar comum.
Quero muito ver esse filme, justamente por mostrar o amor entre duas mulheres, , de maneira não preconceituosa e suave
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