O que mudou nas
animações ? O mundo pisa no freio da fantasia e hoje a gente pode botar na
cabeça do príncipe “encantado” o capacete de vilão. Também se enaltecem o amor
fraterno e a capacidade de se modular os feitiços sem precisar matar as bruxas
(ou até suprimi-las da historia). É assim que se vê “Frozen”, um parente
distante do original escrito por Hans Christian Andersen e ainda mais distante
da Cinderella ou da Branca de Neve.
O novo
Disney é muito PIXAR, aquele estúdio que a empresa do pai de Mickey comprou
(ele não, que de há muito deixou este mundo, mas seus herdeiros comerciais).
Isto é bom. Como bom é John Lesseter, um “pixarman” esquecendo seus carros e
aviões e adentrando no universo das fadas.
A
historia é de duas irmãs, a mais velha rainha depois da morte dos pais, que
amargam o poder ganho por uma delas (justamente a eleita majestade) de congelar
as coisas com um toque. Surge um príncipe que pode quebrar o encanto, nem que
seja através da mana amiga. Mas vai se saber que o mancebo querido é um
camponês. E como nos bons contos & desenhos, não humanos cantam e pintam,
incluindo um boneco de neve que luta pelo verão mesmo sabendo que pode
derreter.
O filme
tem muitas canções e usa bem a tecnologia digital embora possa prescindir da
3D. Pena que por aqui apareça em má dublagem (saudades de Aloísio de Oliveira
& Braguinha)e em projeção infame.
Para mim, saudades de Cinderela o Disney que mais me tocou. Mas até por
isso é desenho de exceção. Deve segurar o Oscar do ano. Direção da dupla Chris
Buck e Jennifer Lee. Roteiro de Jennifer.
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