domingo, 12 de janeiro de 2014

Uma Aventura Congelada


 O que mudou nas animações ? O mundo pisa no freio da fantasia e hoje a gente pode botar na cabeça do príncipe “encantado” o capacete de vilão. Também se enaltecem o amor fraterno e a capacidade de se modular os feitiços sem precisar matar as bruxas (ou até suprimi-las da historia). É assim que se vê “Frozen”, um parente distante do original escrito por Hans Christian Andersen e ainda mais distante da Cinderella ou da Branca de Neve.

               O novo Disney é muito PIXAR, aquele estúdio que a empresa do pai de Mickey comprou (ele não, que de há muito deixou este mundo, mas seus herdeiros comerciais). Isto é bom. Como bom é John Lesseter, um “pixarman” esquecendo seus carros e aviões e adentrando no universo das fadas.

               A historia é de duas irmãs, a mais velha rainha depois da morte dos pais, que amargam o poder ganho por uma delas (justamente a eleita majestade) de congelar as coisas com um toque. Surge um príncipe que pode quebrar o encanto, nem que seja através da mana amiga. Mas vai se saber que o mancebo querido é um camponês. E como nos bons contos & desenhos, não humanos cantam e pintam, incluindo um boneco de neve que luta pelo verão mesmo sabendo que pode derreter.

               O filme tem muitas canções e usa bem a tecnologia digital embora possa prescindir da 3D. Pena que por aqui apareça em má dublagem (saudades de Aloísio de Oliveira & Braguinha)e em projeção infame.  Para mim, saudades de Cinderela o Disney que mais me tocou. Mas até por isso é desenho de exceção. Deve segurar o Oscar do ano. Direção da dupla Chris Buck e Jennifer Lee. Roteiro de Jennifer.

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