“Caçadores de Obras Primas”(The Monument Men) baseia-se em
fatos reais. Civis norte-americanos são guinados a militares na busca de
pinturas e esculturas levadas de diversas cidades europeias para a Alemanha
nazista. Sabe-se que Hitler desejara ser pintor e ao mostrar um de seus quadros
a um professor da escola que desejava cursar ouviu deste a sentença:”-Você pode
ser um grande pintor...de parede”. Daí duas formas de ódio: aos artistas
consagrados, que desejaria ver confinados ao futuro Museu do Reich, e à arte
moderna, que não via significado em “rabiscos”.
O filme baseia-se no livro de Robert Edsen e ganhou roteiro
do produtor-diretor e ator George Clooney e de seu parceiro habitual Grant
Heslow. Mas o que poderia ser um relato histórico muito interessante ou uma
aventura de suspense garantido acabou saindo um relato fragmentado, com os heróis
entrando e saindo de palcos dos acontecimentos sem um embasamento que sequer
lhes pinte de forma a sensibilizar as plateias com o que fazem, deixando que as
pessoas se impacientem com a metragem acima do normal.
É o pior filme de Clooney. E com um tema dos melhores. Valeu
foi o elenco,com Matt Dammon, Bill Muray, Jean Dujardin, John Goodman, Bob
Balaban e até Cate Blanchett numa ponta que se insere na trama mais para não
deixar de fora o elemento feminino.
Deu para eu olhar no relógio em meio a projeção. Sinal de
que estava pedindo pelo fim.
Bom é “Clube de Compras Dallas”(Dallas Buyers Club) o filme
que candidata o ator Matthew McConaughey ao Oscar(e aposto nele). Bem narrado
pelo canadense Jean Marc Vallée trata de um vaqueiro & eletricista com AIDS
que decide desobedecer ao prognostico do medico que lhe deu apenas 30 dias de
vida. Adquire por trás das autoridades o remédio experimental (o hoje famoso
AZT), chega a contrabandear a droga e vende-la aos que pagam por isso, e não
deixa de praticar o que lhe possa ter causado a virose: drogas e sexo sem
cuidados.
Matthew tem um senhor desempenho. Emagreceu para fazer o
papel. Está longa do namorado boa pinta de Jodie Foster em “Contato”. E o filme
sensibiliza a todos, começando e terminando com planos dos bastidores de um
rodeio, no começo vendo o tipo fazendo sexo e no último acenando montado num
touro. Uma pontuação que diz da teimosia do homem pela continuidade da vida. O
tema que se ampara numa historia real.
O filme
foi lançado em Belém numa sala distante e em horário noturno. Um mau negócio
pois teria mais plateia no centro.Realmente não se entende o critério da
exibição em apostar sempre numa hegemonia de mediocridade da plateia.
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