Ainda os Oscarizáveis
Faleceu no dia 1º Pedro Rumiê, médico e acadêmico, que também fez crítica de cinema.
Fazia parte do Cine Clube Juventude nos anos 60. No livro “A Crítica de Cinema
em Belém”(1983) tem um texto seu sobre “Meu Tio” de Jacques Tati publicado
originalmente em “O Liberal”.
Voltando
aos filmes oscarizáveis e que podem ser vistos por aqui lembro “O Jogo da
Imaginação”, biografia de Alan Turing, cientista convocado pelo governo inglês,
durante a guerra(a 2ª Mundial)para decifrar o código alemão chamado Enigma,um
fantasma a aterrorizar os aliados. O êxito historicamente foi parcial pois os
nazistas mudaram esse código quando descoberto (e ainda há a participação de um
polonês que se omite). Mas o roteiro com base em um livro de Andrew Hodge, só
bota nuvem na gloria de Alan quando ele se revela homossexual. A pena para este
“crime” segundo os ingleses da época, seria “suavizada” com um tratamento
hormonal e eu lembrei daquele brasileiro
que chefiou Direitos Humanos e achou a mesma coisa. No caso de Turing deu em suicídio.
O filme dirigido por Morten Tydum é bem narrado mas não vai muito por dentro na
psicologia do personagem e é vulnerável à História (mas isso não invalida a
obra como cinema). O ator Benedict Cumberbatch é um dos fatores positivos a se
considerar. Ele é um dos que vai disputar a estatueta da Academia de Hollywood
lutando contra feras como Michael Keaton em “Birdman”.
Também
está ao alcance do espectador local “Selma”, o filme de Ava Duvernay que trata
da célebre Marcha Sobre Washington quando Martin Luther King falou daquele “sonho”(I
have a dream...) que se viu no excelente documentário “a Marcha”(de James Blue)que
eu passei no Bandeirante através da filmoteca do USIS. O preconceito racial,
especialmente no sul dos EUA, está muito bem tratado em outro filme, “Separados mas Iguais”, produção de TV que ora saiu em DVD no Brasil. Foi o último
trabalho de Burt Lancaster (morreria semas depois em consequência de um avc).
Tema que não se esgotou apesar da nação american ter hoje um presidente negro
(e isto seria impensável no tempo de Luther King).
E “Olhos
Grandes” passou correndo por uma sala dos Cinépolis local. Tim Burton volta às
biografias( e graças ao mesmo roteirista de seu “Ed Wood”, Scott Alexander) e o
filme candidata Amy Adams ao Oscar. Mas esquece Christopher Waltaz que dá um
banho de interpretação. Quem quiser ver baixe da internet ou espere o DVD.
Dr. Pedro, Amy Adams não está na corrida do Oscar. Ela não foi indicada. Concorreu somente no Globo de Ouro, o qual ela ganhou na categoria de Melhor Atriz em Comédia
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