sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Candidatos a Oscar


Se “O Jogo da Imitação” em cinema utiliza cartas marcadas, ou seja, estereótipos, isto não quer dizer que seja um filme ruim. No bojo de um caso real constrói um drama em que  começa com um fato importante na espionagem durante a guerra(a 2ª mundial) e desanda na caça aos gays da Inglaterra até depois de 1980. O matemático Alan Turing realmente decodificou a senha alemã Enigma mas isso não valeu o fim do conflito(1939-1945). Se o roteiro do filme afirma que sim, pecou pelo exagero, embora a Historia  mais uma vez surja como cumplice de argumento fantasioso para o bem das plateias. O desempenho de Benedict Cumberbach imprime veracidade. E ninguém no cinema se enfada com o que vê.
                Na onda dos candidatos a Oscar há também “A Teoria do Tudo” onde o cosmologo Stephen Hawking também ganha contornos melodramáticos. Mas é outro caso de um bom interprete que dá substancia a um roteiro que caberia no grupo de cinebiografias da Metro ou Warner dos anos 30/40.O interprete é Eddie Redmayne outro postulante ao prêmio da Academia de Hollywood.É até fisicamente parecido com o autor de “Uma Breve Historia do Tempo”.
Os dois filmes que eu vi graças ao download conseguiram furar a barreira da mediocridade e alcançar cinemas de Belém. Mas “Birdman”,que também vi, pulou fora. Eu previa. Não há concessões no quase integral plano-sequência dos bastidores de um teatro onde um ator conhecido pelo papel de um super-heroi quer mostrar talento e dirige uma peça teatral. Michael Keaton vai no bloco dos candidatos e deve ganhar. Ele e os colegas provam que este ano o forte é o grupo masculino. Desculpem: há Julianne Moore em “Para Sempre Alice”, a professora com Alzheimer. Comove.

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