“Sniper Americano” é daquele tipo de filme que exalta o
nascido nos EUA. No caso é o atirador de elite Chris Kyle(Bradley Cooper), ás
dos esportes guinado a militar atuante no Iraque depois do 11 de setembro de
2001. Começa o filme com ele mirando na sua teleobjetiva de rifle mulher e
criança saindo de um galpão e ela entregando ao menino uma arma. O atirador
fala com a base e recebe ordens de “saber bem que se trata de ofensiva para não
acabar em prisão de quartel”. A mulher não escapa de bala, mas o garoto deixa a
espingarda e corre. Com esta sequencia o roteiro indica de quem se trata. Chris
faz parte de 4 missões que o filme detalha. Vê colegas morrerem mas liquida
muitos inimigos. No fim das contas volta para casa recebendo carinhos da mulher
e casal de filhos.
Qualquer
critica à sanha sanguinária do “mariner”passa pelos reclamos da esposa dele.
Mas ela não deixa a casa como dizia.E o atirador que volta do campo de batalha
parece deprimido. Não demora nisso nem preocupa um psicologo. O que parece
amenizar a “mensagem”bélica é que ele vai morrer pelas mãos de um amigo. Num
momento ele fala aos familiares que há 3 tipos de pessoas,comparando-as com animais. Há o lobo predador, há cordeiro
covarde e há quem mate para não morrer (cabe qualquer bicho).O filme advogaria
a Pena de Talião em termos bem amplos. Justifica a guerra. Chris é um herói.Ele
diz que luta “pelo maior país do mundo”.
Clint
Eastwood, aos 83 anos, volta a endeusar o comportamento republicano(ele é do
partido). Um bom diretor, um ator que admiramos em muitos filmes, não deixa de
ser um dos mais reacionários membros da elite de Hollywood. E este “Sniper”que tanto sucesso de publico
fez por lá, pelos EUA, é bem um exemplo de como muita gente reza na cartilha
dele.
Ah sim:o
filme é candidato a Oscar. Não vai ganhar,mas só o fato de ser candidato mostra
como a Academia de Hollywood preza seu conteúdo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário