Em 1945, logo que
terminou a guerra, um convento polonês foi invadido por soldados russos e as
freiras foram violentadas com muitas engravidando. Chegando o tempo dos partos,
nem todos puderam ser observados no processo natural pelas irmãs mais velhas.
Chamou-se ajuda medica e justamente a medica que atendeu as freiras é quem reportou
o caso dando margem ao artigo de Madeleine Pauliac que foi adaptado por Pascal
Bonitzer e pela cineasta Anne Fontaine para o filme “Agnus Dei”(Les Innocentes/
França,Polonia 2016) chegando aqui para sessões no cine Libero Luxardo.
O drama
das jovens religiosas ganhou um tom muito trágico quando se soube que a
superiora do convento levava algumas crianças recém-nascidas para deixa-las na
estrada coberta pela neve. Ela afirmava que tinha levado os bebês para um
orfanato próximo. A mentira escandalizou a atendente e ganhou a mídia. Mas não
se sabe, ou o filme não mostra, se aconteceu alguma penalidade às madres
assassinas.
Com uma
linguagem direta, sem flash-backs ou incursões em assuntos correlatos, o que se
vê é chocante. Torna-se mais uma denuncia a ocultação de crime em nome da
religião, fazendo coro com os recentes “O Clube” e “Spotlight”.
Premiado
em festivais menos conhecidos, “Agnus Dei” figura entre os (poucos) bons
programas cinematográficos deste ano.
Cordeiro de Deus, essa expressão latina significa exatamente isso. No filme Agnus Dei parte da historia de um grupo de freiras que tem o convento onde vivem invadido por tropas russas em são violentadas, a apartir deste fato o filme questiona questões como tais como: Pecado, Disciplina, Vocação, Fé, Desejo materno, apego as regras, direito das mulheres de exercerem sua sexualidade como quiserem. Ouitra questão do filme e o preconceito religioso, politico. Um bom filme, um dos melhores exibidos aqui em Belém.
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