Oliver
Stone(69 anos) é um cineasta que se pode colocar como “de esquerda”. Seu novo
filme em cartaz por aqui, “Snowden”(cognominado “Herói ou Traidor ?”) aborda o
grampo de mensagens que se ampliou mundialmente e deu margem a protestos de
diversos países(inclusive o Brasil). O sistema inventado ou aperfeiçoado por
Edward Snowden (no filme Joseph Gordon-Levitt) lembrou-me desde que ouvi falar
dele o “1984”,livro de George Orwell que tratava de um ditador capaz de saber
de pormenores da vida das pessoas, comandando todos os atos. Baseado em uma
historia real com roteiro do próprio Stone e Kieran Fitzgerald,começa com uma
entrevista que o personagem deu em 2015 e em seguida dá inicio a uma série de
flashbacks que contam como o adolescente epilético (e como quase todos
epiléticos muito inteligente) conseguiu por mérito próprio galgar postos chaves
na CIA e depois em organismos ligados a espionagem norte-americana.
Há no
enredo um romance entre o biografado e a jovem universitária Lindsey Mills(Shailene
Woodley). O que pode parecer uma licença comercial a sequencia de sexo entre os
dois tipos principais da historia.Mas logo a câmera se desloca para um olho eletrônico
e se entende que até essa intimidade pode ser transmitida à distancia. Por
sinal que um corte que passa de uma objetiva para um olho humano é outro prodígio
de síntese do filme. Eu achei um cuidado formal superior aos filmes anteriores de Stone (mesmo
o seu trabalho de estréia, o elogiado “Platoon”).
Com um
elenco “afiado”, inclusive os coadjuvantes famosos como Nicolas Cage e Tom
Wilkson, o filme de Stone é de excelente nível. Sua densidade exigindo copia em
som original deixa a gente surpreso do bom lançamento ,ou melhor no lançamento
local, sempre minado com blockbuster de Hollywood.
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