terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Melhores no Espelho

Ano passado os colegas da critica local acharam que filmes como “A Religiosa Portuguesa” e “A Prova de Morte” se ombrearam entre os melhores do ano. Curioso é que na minha aferição foram os piores. Nunca me sensibilizou filme chato ou de violência gratuita. Casos dos dois “eleitos”. Também nunca fui de amores por trabalhos de Jean Luc Godard. Seu “Elogio do Amor” também figurou entre os “melhores”do pessoal que teoriza cinema. E chegou a haver polêmica entre um que elegeu entre os “dez mais” o interessante “A Vila” de M Night Shyamalan. Voto em mil vilas e passo longe dos soporíferos que são votados em nome de vanguardismo (como se isto fosse possível).
Cada ano que passa mais me dispo de arroubos teóricos em termos de cinematografia. Não chego à nova Hollywood dos CGI, com blockbuster cada vez mais busters. Mas aposto na originalidade, especialmente de argumento e roteiro. Um Charlie Kaufman é bicho raro. A imaginação de quem escreveu “Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças” lembra Richard Matheson de “O incrível Homem que Encolheu”. Por sinal que a velha ficção - cientifica era um poema. Hoje a base é quadrinho da Marvel. Nunca os quadrinhos da King Features. No fundo é a ação pela ação. E na área dos votados modernos, da pseudo coragem de botar atores recitando em close ao papo furado de garotas maluquinhas entre desastres de carro devidamente computadorizados.
O meu cinema adere cada vez mais ao que disse Peter Bogdanoch : “já foi feito”. Claro que há filme como “A Origem” roçando novas idéias. Mas está cada vez mais longe o que fazia William Wyler ou George Stevens.
Isso: se sou um "old man" acrescento "bless me God".Mas vamos ser francos: tem pior desemepenho de atriz do que o da interprete de "A Religiosa Portuguesa"? Ou Tarantino, que fez o bom "Bastardos Inglorios", leva a sério algumas de suas brincadeiras que vez por outra são co-assinadas pelo amigo dele Roberto Rodriguez ?

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