quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Oshima

Nagisa Oshima, o cineasta japonês morto esta semana, esteve em Belém por volta dos anos 80. Fui ao auditório do BASA conhecê-lo. O diretor de “O Império dos Sentidos”era casado com a filha de um pioneiro da plantação de pimenta do reino no Pará, especificamente em Tomé Açu. Na ocasião uma pessoa perguntou sobre “O Império...”, filme polemico que só driblou a censura nacional do fim do governo Figueiredo porque o filho de uma autoridade viu com amigos e botou a boca no trombone. Foi cartaz do Olímpia por 9 semanas(recorde). Oshima não gostou da pergunta da jovem paraense, não sei se bem traduzida por um interprete de ocasião. Deixou a sala sem dizer uma só palavra de despedida. Foi tido como indelicado. Mas o que importa é que vimos 3 bons filmes dele: o citado “Império dos Sentidos”, mais “O Império da Paixão” e Furyo,Em Nome da Honra”. Na série de TV sobre cinema do século XX ele foi encarregado de tratar do que se fez em seu país. Exibiu pedantismo atacando os mestres e se dizendo um renovador. Deixou-me péssima imagem. Agora sei de sua morte ocasionada por pneumonia. Tinha 80 anos. Que descanse em paz.

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