quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Negociação

Comecei o ano bem em termos de cinema. Vi “A Negociação”(Arbitrage), thriller sobre um homem de negócios, de família e de mutretas. Essas mutretas são pessoais (uma amante) e profissionais(maquilagem contabil para faturar). As coisas se desencaminham juntas quando a amante morre em desastre de carro que ele dirige e a filha, empregada na firma em que atua, descobre o desvio contabil volumoso. Como se livar dos dois problemas sabendo que um prejudica o outro? O roteirista e diretor é o estreante Nicholas Jarechi. Tem só 22 anos e atua como sênior. Consegue a melhor interpretação do veterano Richard Gere. E um papel dificil que está pedido em quase todas as sequencias. O espectador vai aprendendo a desgostar do magnata Robert Miler(Gere). Mas o modo como ele se livra de fatos que o incriminam acaba gerando admiração. E se pensa que é assim que agem muitos ricos. Daí serem cada vez mais ricos. Nessa escalada pelo status escorre o lado familiar, o papel de mulher e um casal de filhoa adultos. O final é muito bem construído no modo como eclipsa a moral com a mascara do oportunismo. Prega que o castigo do vilão é ser ajudante de herois (ou heroinas). Creio que o filme ficará entre os meus melhores de 2013. O fato de ser visto no dia 2 de janeiro lembra quando eu vi “Sempre aos Domingos” de Jules Dassin numa matinal do dia 1. Bom augúrio.

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