quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sem Tempo e sem Vento

Jayme Monjardim fez um excelente trabalho na minissérie de TV sobre sua mãe,Maysa.Mas no filme “O Tempo e o Vento” sobre o texto extenso e intenso de Erico Veríssimo ele confunde cinema com televisão.Alterna closes com planos abertos de crepúsculos, coloca a fala como primazia, despreza os recursos de produção como as sequencias de batalhas ou qualquer outra externa além do improvisado cemitério onde o numero de cruzes sempre parece deficiente.Isto sem falar nas interpretações ruins, acomodando-se em estereótipos de valentes, tímidas, e o mais que engendre um enredo popular, isto sem dizer muito dos episódios históricos que cobrem grande parte da historia do sul brasileiro. O filme podia ser “...E o Vento Levou” canarinho. Perde a chance até pela ambição do roteiro em ser fiel ao original literário sabendo que era impossível condensar os 3 volumes da saga regionalista: “O Continente”, “O Retrato” e “O Arquipélago”. Como nas outras adaptações para a linguagem das imagens, o primeiro livro, escrito em 1949, ganha corpo sobre os outros. E agora com o filme de Monjardim não é diferente. Mesmo assim,mesmo tentando a síntese a partir de um trecho da obra literária, o filme tropeça feio. Abraça os estereótipos de melodramas e ainda se dá ao luxo de um final “poético” onde as figuras do passado ressurgem para também fazer parte da série de crepúsculos que pontua a narrativa. Cheio de furos de continuidade, satura em suas 2 horas e 10 minutos de projeção. A mim encheu...

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