Há filmes
que nascem com mercado restrito. “Sem Escalas”é um deles, Não pode passar em
avião. E as empresas aéreas pagam bem por filmes que exibem para os seus
fregueses durante voos prolongados. Um filme em que se focaliza sequestro
aéreo, desastre ou, no caso, um tipo de crime em que o criminoso ameaça matar
os passageiros, ganharia de resposta o pânico entre pessoas que geralmente
entram tensas em um avião.
“Sem
Escalas”(Non Stop)chuta forte. Liam Neeson é um agente federal de currículo nada
louvado que recebe em seu celular a mensagem de um terrorista avisando que vai
matar um passageiro da aeronave em cada 20 minutos se não transferirem para a
conta que dará em seguida uma soma de US$150 milhões. Mais adiante sabe-se que
a conta é do próprio Neeson. E começam as mortes, a primeira acidental. Fica o
suspense por conta de se saber quem é o assassino. A novidade é o exíguo espaço
para a investigação e a ausência de flash-back ou flash-fowards. Só que a
descoberta passa por pistas falsas muitas vezes ridículas, partindo do próprio
Neeson.
O
roteiro de John Richardson, Chris Roach e Ryan Engle é uma montagem de peças
marcadas. O investigador da plateia dificilmente vai acertar qual estereotipo
vai ser o bandido.Mas aquele que apostar que o investigador vai se sair bem e
limpar sua ficha sai ganhando um bombom da produtora. E do diretor espanhol
Jaume Colett-Serra , autor de “A Orfã”, coisa grossa de doer.
Sucesso
nos cinemas. Gostei é de saber que este filme barato deu surra nas merdas histórico-mitologicas
que saltam aos montes por aí. Aliás, eu ando preferindo que o mau cinema encha
as salas friorentas dos shoppings para ficar em casa vendo cinema na minha
dobradinha DVD&TV...
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