Vivi uma
fase de minha vida em que via mais filmes (película) do que os dias do ano.
Hoje eu devo ter ido, quase no fim do primeiro semestre do ano, pouco mais de 6
vezes. E moro perto de uma rede de projeções.
A
verdade é que não me atraem os títulos em cartaz. Os bons chegam graças ao
download. Baixar filme na internet é um
balsamo. Deixo de frequentar salas polares(frio intenso), horários rígidos, rua
surrealista (Aristides Lobo)onde existem dois pôster em paralelo numa estreita
calçada obrigando o transeunte a passar pelo meio fio desafiando as motos(principalmente)
e automóveis.
Até
bombas como “Jupiter” os irmãs Wachowsky, “Mortdecai”, e chatices como “Saint
Laurent” têm me chegado em casa. Digo que é o meu Bandeirante 2 a lembrar a
garagem onde eu passava filme em 16mm na velha av. Jeronimo (hoje absurdamente
Gov José Malcher).
Do que
mais me atraiu recentemente está “Minhas Tarde com Marguerite”, que ora chega
ao Cine Estação, e “Relatos Selvagens” que andou (bem) no Libero Luxardo. O mais é peça histórica. E
há audácias. O DVD de “Amor e Raiva”traz filmes curtos de Lizzani, Belucci,
Pasolini, Godard e Bellocchio. A mim só valeu o de Lizzani. Claro que não esperava
sensibilidade em Godard ou Pasolini, aí imerso na contracultura dos anos 70.
Mas o doidão da coletiva foi Bertolucci
que imaginou um bispo moribundo assolado por pessoas a quem negou ajuda. É um
balé macabro de péssimo gosto. Sei lá, mas esses “gênios” não me sensibilizam.
Prefiro a simplicidade de um “Planeta Proibido” com o seu “Monstro do ID” e a
jovem Anne Francis. Não sabia, mas ela morreu com mais de 80 em 2011. É isso,
cinema é arte da magia e dos encontros. Com a vida e a morte.
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