Comecei
a filmar película de 16mm em 1951. Em 1952 fiz “O Desastre”, melodrama sobre um
garoto atropelado e o desvelo do irmão, pobre, para trata-lo pedindo a ajuda do
padrasto que afinal se negava e era assassinado. Com este filme de 10 minutos
meu colega de turma no Colégio Moderno, Geraldo Guimarães, estreava na minha
Eldorado(o nome da “produtora”).
Geraldo
acompanhou-me nos anos dos cursos ginasial e cientifico, era assíduo em minha
casa, me acompanhava aos cinemas, ao Mosqueiro, e fatalmente seria “ator”de
minhas historias.
Mais
tarde formado em Química , professor e depois vice-reitor da UFPa, casou, virou
pai, andou um tempo ligado à religião (eu dizia que só faltava ser diácono) e
agora, aos 78, morreu ao que me dizem de infecção hospitalar.
Generaldo,
como eu chamava, foi parte de minha adolescência e com a sua partida ela fecha
mais uma pagina. Dos filmes que fez, além de “O Desastre” só “Um Dia de Azar”(que
não deu certo), e da dupla só resta o primeiro.Sei que vai ser exibido no
Olympia em junho com musica acompanhando(era mudo). Homenagem ao Geraldo e ao
Agostinho Barros, outro colega, outro amigo de muitas horas (e que fez ainda
mais filmes na Eldorado).
Queria
mais imagens desses companheiros de tantas horas. Vendo-as evocaria os tais
verdes anos do poeta. Mas os neurônios suprem.
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