Em 1950
o diretor Ted Tetzlaff ajudado por Edward Dmitryk fez um filme chamado “Neve e Sangue”(The Whit
Tower) sobre uma hipotética escalada no Monte Branco,nos Alpes Suíços. Gostei
do que vi. Glenn Ford encabeçava o elenco. Na linha de filmes em ambientes
gelados, mas não propriamente montanha, também gostei (e ainda hoje lembro) de “Epopéia
Tragica”(Scott of the Antartic/1948) de Charles Frend, sobre a malograda missão
do inglês Robert Falcon Scott ao Polo Sul. Caso verdadeiro, o filme detalhava a
agonia a expedição de Scott, afinal em vão, pois logo um compatriota dele, Roald
Amundsen, chegou ao limite do planeta.John Mills fazia o papel de Scott.
Agora
vejo o que o islandês Baltasar Kormákur fez de uma expedição mal sucedida ao
Everest, o chamado “teto do mundo”, em 1996. O enfoque maior é sobre o líder do
grupo interpretado por Josh Brolin. E me parece que esta primazia de foco,
diminuindo os demais personagens, é um dos percalços do filme. Não se define
bem quem é quem e por isso o espectador não se emociona quando um dos
montanheses morre ou se deixa abater pela falta de oxigênio e excesso de frio.
Mas “Everest”
é um prodígio de efeitos especiais, de tomadas em plano conjunto e de profundidade
de campo evidenciando o papel da 3D. Dá para se ter a ideia da dimensão do
perigo dos que se metem a escalar a maior montanha do planeta. E se ter a
expedição de 66 como irresponsável posto que comercial (os atuantes pagaram
para escalar).
Um espetáculo
visual que eu imagino como foi em IMAX, técnica por onde andou para realçar ao máximo
o cenário majestoso da montanha gelada.
O filme
abriu o Festival de Veneza com rugas da critica. Seria um espetáculo comercial
numa promoção “artística”. Mais um gol do besteirol que separa arte de consumo –
como se não se vendesse quadros e livros. Chegado aqui, “Everest” ganha a frequência
de quem está fugindo dos cinemas comerciais voltados ao publico que adora a
dublagem (o melhor modo de chamar esse publico de medíocre).
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