quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Nocaute


               Do mundo dos esportes o boxe tem um bom currículo em cinema. Titulos como “Punhos de Campeão”, “O Touro Indomável” e “Marcado Pela Sarjeta” exemplificam.Dessa forma não é de espantar o mínimo de qualidade que banha “Nocaute”(Souhpax) ora em cartaz nas telas mais favorecidas do país.

               Jake Gyllenhaal deve estar no pareo dos Oscar em 2016. Aproveita a chance de um papel onde mostra o seu talento. Ele é o “boxeur” campeão de peso-pesado que perde a mulher numa briga fora do ringue e se deixa abater na paixão. A volta contra um muito mais novo e irado desafeto seria o modo de homenagear a esposa morta, a filha que ficou (e que ele tenta de todas as maneiras conquistar) e a si próprio, fazendo bem o que sabe fazer.

               O mal é um roteiro, previsível, o primeiro escrito para cinema por Kurt Sutter um ex-presidiário. Felizmente o  diretor Antoine Fuqua mostra o que de melhor andou fazendo em coisas como “Dia de Treinamento” e “ O Protetor”. A luta final, por exemplo, deixa margem à torcida do espectador embora ele saiba que cinema comercial americano dá sempre a mão ao mocinho.

               Em tempo : apesar de ser um tema que deu bons filmes, nada, a meu ver, bate “Punhos de Campeão”(The Set Up) que Bob Wise fez em 1949 quando saia da sala de edição da RKO onde montou “Cidadão Kane”. Por sinal um dos raros filmes em que a gente acerta o relógio assistindo: o tempo de ação é o tempo da projeção.

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