Do mundo
dos esportes o boxe tem um bom currículo em cinema. Titulos como “Punhos de
Campeão”, “O Touro Indomável” e “Marcado Pela Sarjeta” exemplificam.Dessa forma
não é de espantar o mínimo de qualidade que banha “Nocaute”(Souhpax) ora em
cartaz nas telas mais favorecidas do país.
Jake
Gyllenhaal deve estar no pareo dos Oscar em 2016. Aproveita a chance de um
papel onde mostra o seu talento. Ele é o “boxeur” campeão de peso-pesado que
perde a mulher numa briga fora do ringue e se deixa abater na paixão. A volta
contra um muito mais novo e irado desafeto seria o modo de homenagear a esposa
morta, a filha que ficou (e que ele tenta de todas as maneiras conquistar) e a
si próprio, fazendo bem o que sabe fazer.
O mal é
um roteiro, previsível, o primeiro escrito para cinema por Kurt Sutter um
ex-presidiário. Felizmente o diretor Antoine
Fuqua mostra o que de melhor andou fazendo em coisas como “Dia de Treinamento”
e “ O Protetor”. A luta final, por exemplo, deixa margem à torcida do
espectador embora ele saiba que cinema comercial americano dá sempre a mão ao
mocinho.
Em tempo
: apesar de ser um tema que deu bons filmes, nada, a meu ver, bate “Punhos de
Campeão”(The Set Up) que Bob Wise fez em 1949 quando saia da sala de edição da
RKO onde montou “Cidadão Kane”. Por sinal um dos raros filmes em que a gente
acerta o relógio assistindo: o tempo de ação é o tempo da projeção.
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