James Wan é um cineasta relativamente jovem(39 anos) nascido
na Malásia e criado na Austrália. Quando desejou fazer cinema pensou em filmar
seus próprios sonhos. E a julgar pelo que já fez eram pesadelos. O pai morreu
quando ele tinha 14 anos e parece que o fato levou-o a esses devaneios
macabros.
Eu confesso que de seus 11 filmes já dirigidos só vi um: “Jogos
Mortais”, primeiro de uma franquia que ele depois só produziria para faturar(e
faturou). Vi agora “Invocação do Mal 2”e do primeiro do que pode ser (e será a
julgar por um titulo em andamento) um apanhado do caso de Amityville, filmado muitas vezes, só
ouvi falar.
O novo filme
leva as personagens do anterior para a Inglaterra onde vão tratar de um fenômeno
semelhante(casa mal assombrada). Basicamente é um replay do assunto. Uma
garotinha é alvo de assédio de um espirito que os “caça fantasmas” americanos
chamam, da mesma forma que o sacerdote local, de demônio.
Os interpretes
capricham, especialmente a menina Madison Wolf que faz Janet Hodson a possuidora. Mas apesar de bons
momentos, de uma linguagem linear competente, o filme é seduzido por aqueles
acordes na trilha sonora que pretendem (e o fazem)assustar a plateia. Para cada
intervenção do fantasma há um som bem alto que em si assusta. Se o projeto não fosse
apenas comercial, cortaria isso como diminuiria detalhes da investigação do
ianque Ed(Patrick Wilson), colocada na tela com o pressagio da mulher dele,
papel defendido por Vera Farmiga, de que morreria em ação (o publico fica
torcendo ainda mais pelo mocinho em perigo). Mas “Inovação 2”, na onda do “1”,
é mesmo um motivo para o espectador soltar gritinhos no cinema. E na minha
sessão(lotada) não só houve isso como aplausos quando a projeção estava
acabando e na tela surgiam os tipos que seriam os “reais” da trama.
Numa época em que os cartazes
comerciais vivem de blockbuster e refilmagens de coisas que começaram mal, o
filme de James Wan até que vale a saída de casa. E para quem viveu um heroico
passado de cinemas de rua isso é um sacrifício. Ver sem pestanejar um longa
metragem de mais de 2 horas é elogio.
Ao menos a Mostra Varilux tem apresentado alguns bons títulos como: Meu Rei e Os Cowboys.
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