quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Sully, O Heroi do Rio Hudson

 Chesley Sullenberger, ou simplesmente Sully, ganhou fama quando, como piloto veterano, pousou o avião bimotor Airbus no rio Hudson com 155 passageiros a bordo. Segundo ele, não havia alternativa quando pássaros invadiram as duas turbinas danificando-as . A alternativa do vôo era o aeroporto vizinho, mas o aparelho perdera força e não havia como tentar voar por mais quilômetros. Amerrissar era perigoso mas o pior era o que ele, Sully viu em sonho, o aparelho caindo no centro da cidade, derrubando edifícios.
         O vôo entrou para a historia mas o comandante chegou a responder processo diante de uma comissão que atendia a fabrica do aparelho alegando que um dos motores tinha capacidade de funcionar por mais tempo.
         O filme “Sully, O Heroi do Rio Hudson”, ganha pontos em muitos fatores. Primeiro pela atuação de Tom Hanks, plenamente crível como o comandante que desafiou probabilidades e acabou salvando a si e os que viajavam com ele. Depois a direção do veterano(86 anos) Clint Eastwood, de uma habilidade inconteste a fazer o filme se parecer com um documentário do acontecimento ocorrido em 2009. E uma fotografia impecável com uma direção de arte que chegou a colocar uma carcaça de avião no rio, desprezando o cgi. O que se criticou foi o modo como é mostrado o principal protagonista, sem ir fundo na sua pessoa, no pai de família  que deixa ver quando telefona diversas vezes para a esposa. Mas este não é o proposito do roteiro baseado no livro autobiográfico de Sully.  Interessa um fato e Eastwood consegue dar a este fato uma reprodução por 90 minutos, mais do que se poderia esperar com base num acontecimento que desafiou o relógio.

         Bom trabalho de parcerias, ganhando campo entre os bons filmes de aviação.

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