Um
menino nasce com uma deformação facial resistente às cirurgias reparadoras. Na
idade escolar é alvo de bullyng. É preciso tempo e apoio de pais e professores
para que o pequeno que prefere usar mascara de astronauta ganhe autoestima.
O filme
“Extraordinário”(Wonder) é bem realizado e salienta-se no desempenho de Stephen
Chibosky o interprete quase vencedor de Oscar por “O Quarto de Jack”.
Pena
que o roteiro de diretor Stephen Chbosky com base no best-seller de R. J.
Palacio, prefira ficar na superfície da trama e encerrar a narrativa com “açúcar
e afeto”.
No
mesmo dia em que vi “Extraordinário” vi pela Netflix o drama bósnio “Uma
Familia Feliz”(Happy Family/ Chemi Bednieri Ojaki). Ali o quadro é o inverso.
Mulher com mais de 30 anos, há muito casada, resolve alugar um pequeno
apartamento e com isso fugir de sua vida familiar sufocada pela mãe autoritária
e o marido inerte (e que depois ela sabe ser infiel).O quadro é dramático e sem
um reverso de valores. Tudo é tratado numa linha realista e com uma edição que
impulsiona a métrica de uma rotina.
Duas
famílias em dois filmes muito diferentes entre si. E não se diga que é devido
ao desenho cultural de cada país onde se passam as historias. O tratamento dos
tipos e situações é que diferem entre a fantasia romântica e a realidade dura.
Por isso, a plateia ocidental deve preferir “Extraordinario”. No cinema senti a
aprovação popular com espectadores respondendo com risos certas situações. Se
fosse o filme bósnio talvez nem chorassem, apenas repudiariam a exposição de um
drama cruel.
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