“Phoenix”(a
estrear no cinema Olympia) pega a mitologia grega para tratar de uma
sobrevivente de um campo de extermínio na época do nazismo alemão, analisando
como ela ressurge das cinzas num cenário quase linear,evidenciando o poder da força
de vontade.
Começa
o filme vendo-se Nelly (Nin Hoss) numa cama de hospital em Berlim de 1946 com
rosto encoberto por bandagens denunciando um corpo queimado sabendo-se apenas
que veio de um espaço de torturas do período da 2ª.guerra. A pessoa que cuida
dela depois de varias cirurgias subvencionadas por uma entidade judia protetora
dos que escaparam dos nazistas, tenta mudar seu estado de espirito, dando-lhe
força para superar a imagem que ficou da tragédia. E quando Nelly se recupera ela
sai em busca do marido que não vê desde antes de ir para o campo de
concentração. Quando acha o personagem ele não a reconhece. O quadro é dramático
e é preciso muitos amigos para levantar a moral da mulher.
O filme
dirigido por Christian Petzolt não é daqueles que sucumbe ao formalismo dos
festivais. Tratado de forma tradicional consegue emocionar a plateia apesar de não
se aprofundar muito no drama dos principais figurantes (especialmente do
relacionamento do casal antes do quadro que se vê como atual). Evidencia-se
sobremodo o trabalho da veterana Nina Hoss, tentando ir além do esquematismo
que o roteiro legou à sua personagem.Nina tem 31 filmes e 17 prêmios no currículo
dentre eles “Barbara” e “As Donas da Noite”. Petzolt tem 15 filmes e 30 prêmios
(dele “Barbara”). Uma senhora dupla que hoje figura entre os artistas mais
expressivos do cinema alemão.
Procurem
ver o filme.
Excelente filme.
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