quinta-feira, 31 de maio de 2018

Mãe e Pai


Em “Mãe e Pai”(Mon and Dad) uma epidemia de causa não explicada leva as pessoas ao ódio, especialmente de pais contra os filhos. Na historia e direção de Brian Taylor um casal(Nicolas Cage e Selma Blair) passa a perseguir a adolescente Carly (Anne Winters)e o menor Josh(Zackary Arthur), seus herdeiros biológicos que antes eram tratados com o carinho expansivo dado a pais de classe média nos EUA.
Antes de começar uma perseguição de pai e mãe contra os filhos, vê-se uma correria na porta da escola da menina, sem que se saiba quem está proibindo quem. Depois, quando em casa já começa a ação brutal dos adultos, com Carly e Josh escondidos no porão e alvos até de uma difusão de gás para sufoca-los, chega um novo apêndice de violência quando aparecem os pais de Brent (Nicolas) e este é atacado por seu pai com facadas (e há o revide assim como da esposa contra a sogra).
O final é reticente. O que se entende da rápida corrida sanguinária é que no mundo moderno a violência brota do nada. Simplesmente surge. E onde deveria existir amor brota o ódio. Uma hipótese de que os valores humanos são fantasiosos, a atração em ternura pode virar em guerra posto que, ao dizer da pequena Carly, “cada um sabe de si”.
O filme expõe a crueldade em cortes bruscos, planos próximos e rápidos(todos manuais), de desempenhos satisfatórios de todo o elenco. Com isso deixa o espectador angustiado. E é o que quer o autor. Uma visão metafórica de uma concepção de mundo moderno onde se dilui o laço afetivo e se deixa brotar uma concepção de animalidade inexistente nos próprios animais.
Curioso e detestável.
Editado em dvd.

Nenhum comentário:

Postar um comentário