Em “Mãe e Pai”(Mon and Dad) uma epidemia de causa não explicada
leva as pessoas ao ódio, especialmente de pais contra os filhos. Na historia e
direção de Brian Taylor um casal(Nicolas Cage e Selma Blair) passa a perseguir
a adolescente Carly (Anne Winters)e o menor Josh(Zackary Arthur), seus
herdeiros biológicos que antes eram tratados com o carinho expansivo dado a
pais de classe média nos EUA.
Antes de começar uma perseguição de pai e mãe contra os
filhos, vê-se uma correria na porta da escola da menina, sem que se saiba quem
está proibindo quem. Depois, quando em casa já começa a ação brutal dos
adultos, com Carly e Josh escondidos no porão e alvos até de uma difusão de gás
para sufoca-los, chega um novo apêndice de violência quando aparecem os pais de
Brent (Nicolas) e este é atacado por seu pai com facadas (e há o revide assim
como da esposa contra a sogra).
O final é reticente. O que se entende da rápida corrida sanguinária
é que no mundo moderno a violência brota do nada. Simplesmente surge. E onde
deveria existir amor brota o ódio. Uma hipótese de que os valores humanos são fantasiosos,
a atração em ternura pode virar em guerra posto que, ao dizer da pequena Carly,
“cada um sabe de si”.
O filme expõe a crueldade em cortes bruscos, planos próximos
e rápidos(todos manuais), de desempenhos satisfatórios de todo o elenco. Com
isso deixa o espectador angustiado. E é o que quer o autor. Uma visão metafórica
de uma concepção de mundo moderno onde se dilui o laço afetivo e se deixa
brotar uma concepção de animalidade inexistente nos próprios animais.
Curioso e detestável.
Editado em dvd.
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