quarta-feira, 18 de julho de 2018

Win Wenders


                O cinema Olympia exibiu uma retrospectiva do diretor alemão Win Wenders. Mas dois filmes recentes dele estiveram de fora. São, pela ordem de estreia, “Submersão” e “Papa Francisco”. O primeiro está em canal de TV pago e já ganhou download. Trata de um casal que se lança em projetos paralelos: ela quer achar vestígios dos primeiros indícios de vida no fundo do oceano e ele projeta agua encanada para populações menos favorecidas do oriente. As historias que começam a ser narradas de per si ganham uma feição incomoda quando passam a ser vistas em separado, usando o artificio quando o personagem masculino segue viagem para outro país. O final é reticente como virou moda no cinema atual. Ela acha resquícios orgânicos na área mais profunda do mar e ele sofre torturas de inimigos de seu projeto (e sua posição politica) e se lança n’agua em praia proxima como quem procura o amor perdido (e afinal a própria vida). Não há proposta poética visível. A narrativa parece tradicional e não convence. Wenders aparece muito longe do tipo de cinema que o consagrou. Sim, as falas são em inglês.
                O filme sobre o papa, um documentário, não chegou ainda por aqui. Gostaria de ver. Mesmo porque o cineasta me parece muito distante de quem assuma um projeto desses.
                Hoje busco cinema em janelas da internet. As locadoras estão minguando (em S. Paulo fechou a tradicional 2001 Vídeo). Restam as distribuidoras que vendem diretamente ao consumidor. Os cinemas comerciais procuram sobreviver com os filmes de super-heróis e aventuras de muitos efeitos especiais. Nada de atrativo a maiores de 12 anos. O espectador exigente ou vai à uma sala alternativa (falar nisso, cadê a da Estação das Docas, dona de um projetor digital ?) ou fica em casa vendo cinema na sua  tela de tv.Bom para uma cidade onde a rua é um perigo em potencial de assaltos/acidentes.

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