Pelo menos dois filmes eu assisti tratando da vida de Vicent
Van Gogh o pintor que marcou a arte visual: a animação “Com amor Van Gigh”(Loving
Van Gogh/2017) de Dorata Kobiela & Hugh Welchman e o drama “Sede de Viver”(Lust
for Life/1956)de Vincent Minneli. Há outros, que eu não vi, mas este “No Portal
da Eternidade”(At Eternity Gate/2018) de Julian Schnabel faz jus aos antepassados, especialmente ao
filme de Minneli. E deve-se a Willem Dafoe(candidato ao Oscar pelo papel) que
faz um Van Gogh historicamente mais perto do que seria a realidade, adentrando
pela causa de sua morte.
O filme não chega ao clímax da criação & neurose
mostrado por um dos melhores desempenhos de Kirk Douglas (o papel dado por “Sede
de Viver”), deixando de lado a questão da influencia do opio, dada pela ingestão
de papoula no cenário onde o pintor morou, mas ganha terreno no relacionamento
com seu irmão Theo (Rupert Fiend), embora menos com o colega Gaugin(Oscar
Isaaac).
O filme na realidade é do ator. O que Van Gogh viveu entre
crises emocionais, ganhando corpo na hora em que sofreu um tiro(seria dado por
um menor que lhe via pintando ) passa sem aprofundamento psicológico, ou seja,
não se dimensiona com clareza o que sofria o artista. Tampouco se aventura nos
seus exílios voluntários para fazer seus quadros. Resta a mascara do interprete,
tentando a impressão que o próprio Van Gogh deixou pintada e que Minneli
consegui deixar em um dos melhores trabalhos do veterano Douglas(ainda vivo aos
102 anos).
Um
filme importante sem duvida. Não chega à raia de obra-prima mas ganha corpo
entre as biografias de um mestre do pincel que em vida pouco foi
festejado(vendeu um ou dois quadros apenas). Felizmente chega à Belem (Cine
Libero Luxardo).
Querido Dr. Pedro vi este filme e achei maravilhoso Willem Dafoe com uma interpretação magnifica. A relação dele com Paul Gaugin muito bem retratada, a sua doença mental muito bem retratada.
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