Classes & Assassinato
O milionário
Harlan Thombey (Christopher Plummer) surge morto, degolado. A familia que se
presume herdeira de uma grande fortuna reune-se adiante do detective Benoit
Blanc( interpretado por Daniel Craig) pois há suspeita de que o caso não foi de
suicídio e sim de assassinato.
Agatha
Christie já escreveu trama semelhante, mas nem os seus Hercule Poirot e Miss
Marple seriam chamados para desvendar
como Harlan foi morto, se ele se matou como quis ver a policia ou se um dos
membros da casa usou da faca que atingiu sua jugular .
O morto
prezava sua enfermeira Martha Cabrera(papel da cubana Ana de Armas). Ela teria
trocado um remédio propiciando o cenário
trágico. Mas há controvérsias e a narrativa passa por cima de alguns herdeiros
sem conclusão. No final sobra a linha de Christie. E ganha corpo uma visão
politica, confrontando os milionários da casa onde se deu o caso com a serviçal
e jardineiros.
Um
plano define a opção do roteiro que por sinal é do próprio diretor, Rian
Johnson. A classe menos favorecida está em cima e os outros abaixo, no jardim
da mansão. Olhares ajudam mas não são vitais. Quem é pobre guinada a rica diz de uma
visão que escapa dos estereótipos. Curioso é que em “Coringa”(Joker) há esse
enquadramento de classes em luta. O
cinema comercial olha no espelho. E ganha uma feição nova, a lembrar as vitórias
de Robin Hood.
O filme
com elenco “all star”surpreende. Bem escrito e dirigido consegue inovar num gênero
gasto pelo uso. Vejam.
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