sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

O Magico de Oz


                Quando a Metro resolveu filmar a historia de J.Frank Baum “O Magico de Oz”(The Wizard of Us/1939) queria Shirley Temple para o papel de Dorothy a menina que viaja para o reino encantado “além do arco íris”. Mas Shirley era contratada da Fox e considerada a “mina de ouro” da empresa já orientada por Darryl F. Zanuck. Não cedeu o empréstimo. Coube arranjar outra garota e a MGM optou por Judy Garland, então com 16 anos, já com dez filmes no currículo e ainda por cima cantora. Acabou dando certo. Judy ganhou fama e o filme, que conteve mais de 15 roteiristas ficou entre as maiores bilheterias do estúdio, no mesmo ano em que a produtora & distribuidora lançou “... E O Vento Levou(Gone With the Wind) de David O. Selnick.
                “O Mágico...” estreou em Belém no mesmo cinema Olimpia que hoje o reprisa. Eu o vi e creio que foi a primeira sessão que me conteve pois havia saído no meio de “Branca de Neve e os 7 Anões” no antigo Iracema (tive medo da sequencia das arvores perseguindo Branca). Tinha 4 anos e descobria a magia do cinema.
                Judy fez muitos filmes, gravou muitas musicas, foi mulher do diretor Vincente Minnelli, mãe de Liza (de “Cabaret”) e morreu aos 47 anos já depressiva (na época não se falava em Alzheimmer).
                Rever “O Mágico...”é redescobrir a infância. Em busca de uma fantasia ao lado de personagens fantásticas é visualizar um sonho. E Judy cantando “Over the Rainbow” diz bem da sorte da Metro ao escolhe-la ao invés de Shirley, que não cantava.
                Realmente um clássico.

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