Quando
a Metro resolveu filmar a historia de J.Frank Baum “O Magico de Oz”(The Wizard
of Us/1939) queria Shirley Temple para o papel de Dorothy a menina que viaja
para o reino encantado “além do arco íris”. Mas Shirley era contratada da Fox e
considerada a “mina de ouro” da empresa já orientada por Darryl F. Zanuck. Não
cedeu o empréstimo. Coube arranjar outra garota e a MGM optou por Judy Garland,
então com 16 anos, já com dez filmes no currículo e ainda por cima cantora.
Acabou dando certo. Judy ganhou fama e o filme, que conteve mais de 15
roteiristas ficou entre as maiores bilheterias do estúdio, no mesmo ano em que
a produtora & distribuidora lançou “... E O Vento Levou(Gone With the Wind)
de David O. Selnick.
“O
Mágico...” estreou em Belém no mesmo cinema Olimpia que hoje o reprisa. Eu o vi
e creio que foi a primeira sessão que me conteve pois havia saído no meio de “Branca
de Neve e os 7 Anões” no antigo Iracema (tive medo da sequencia das arvores
perseguindo Branca). Tinha 4 anos e descobria a magia do cinema.
Judy
fez muitos filmes, gravou muitas musicas, foi mulher do diretor Vincente
Minnelli, mãe de Liza (de “Cabaret”) e morreu aos 47 anos já depressiva (na época
não se falava em Alzheimmer).
Rever “O
Mágico...”é redescobrir a infância. Em busca de uma fantasia ao lado de
personagens fantásticas é visualizar um sonho. E Judy cantando “Over the
Rainbow” diz bem da sorte da Metro ao escolhe-la ao invés de Shirley, que não cantava.
Realmente
um clássico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário