Timothee Chalppet , hoje com 24 anos, é nova-iorquino e
chegou a ser premiado(e candidato a Oscar) por “Chame Pelo seu Nome”. Talvez
por isso Woody Allen foi busca-lo para ser o seu interprete principal de “Um
Dia de Chuva em Nova York”
Não me pareceu uma escolha feliz posto que o personagem é
mais um “alter- ego” do cineasta. E no papel ele não desenvolve as contradições
do tipo, vagando por diversas situações que seguem seu romance com Elle Faning,
irmã de Dakota (ex-garota prodígio de filmes como “Uma Lição de Amor”). Esta
sim, está ótima no papel. E o roteiro quer ser mais uma homenagem a Manhattan podendo até ser
considerado, em tese, um “Manhattan II” se lembrarmos o filme de Allen sobre a
cidade norte-americana (que por sinal não está retribuindo esta paixão do
artista, ainda alijando-o a proposito do caso policial considerado anos atrás
quando Allen foi incriminado como violador de uma filha adotiva - magoa de Mia
Farrow, a esposa, que jamais perdoou o parceiro).
“Dia de Chuva” trata de diversas situações em que se metem
os enamorados, ela entrevistando um cineasta (é jornalista) e ele atendendo a
um convite da mãe (que revela um fato surpreendente ao filho de difícil
acesso). No final as coisas se ajeitam numa forma que me pareceu
insatisfatória. Há beijos marcando sequencias e se fazem marcantes a partir de
um momento em que o jovem recém chegado aceita fazer uma tomada do filme.
Chuva e beijocas tentam dizer do cenário nova-iorquino. A
chuva pode ser vista até como a lavagem de situações criadas por Allen não só como suas lembranças como o desejo de
limpar o cenário de sua paixão(ideia que pode ser expressa no final).
Não há muito a ver nem se absorve tudo que Allen deve ter imaginado para retratar a
cidade que tanto ama. Mesmo assim é um filme de autor. Quem acompanha a
trajetória do cineasta deve ver.
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