Eu
costumava usar dos adjetivos contrários no sentido de dar sorte. A Sandrinha
ganhou essa postura. Não seria um anjinho (nem de pau oco como se dizia aos
falsos de então). Era do diabo, acrescida “do inferno e da bubônica”(a famosa
peste de muito anos desse corona de merda que anda por aqui). No bojo do
“elogio” veio coisas como a ligação com a matança dos inocentes por Herodes. Eu
cantava; “O rei Herodes(bis) mata criança mata tudo sim senhor,/ o rei Herodes,/
ele sim é o matador”.
Sandrinha
era branca como a neve e nem por isso seguiu 7 anões. Não sei que contou tantos
namorados. Mas deve ter chegado perto. Foi a ultima da prole de Luzia, isto
quando já se pensava ter encerrada a fabrica (5 anos depois de Claudia, a terceira).
Fez a sua magica do além e meteu na mãe o medo de uma menopausa precoce. Mesmo
assim a “fabrica’já tinha 30 anos e depois só deu esboços de gente(contou-se
dois). Como caçula, ganhou algum mimo. Mas a peraltice empurrava isso. E tinha
espasmos mediúnicos como ver gente de uma vida passada. Amigos espiritas
aplaudiram e pediram que ela parasse de se corresponder com a mãe do além.
Até por
ser natural formou-se em psicologia. Teve um casal de filhos e um marido
dedicado e vindo da praça carioca. Hoje festeja aniversario (50) na quase
centenária casa do Mosqueiro. Já na marca dos oitenta; Mãe e pai abraçam no
ritmo da atual pandemia, ou seja, por computador e/ fone. Pensamos abraçar
muito a Sandrinha aos 51. Por aí já não será do inferno e da bubônica, Nem de
vírus. Continuara sendo a querida caçulinha que viaja na velha Rural ou no
primeiro Fusca de cabeça para baixo no banco traseiro.
Felicidades
Sandrinha dos anos, do céu e da saúde, Sem mesmo de estar dizendo o contrário.
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