quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Feitiço da Lua

Não, não quero tratar do filme de Norman Jewison que promoveu Cher, a atriz. A lua entra no texto por conta de Stephenie Meyer, a escritora que neste Natal vai apagar 36 velas de seu bolo. Li que ela encontrou o seu marido com apenas 4 anos de idade. Mas só o foi rever mocinha, ficando namoro e casamento restritos a 9 meses, ou seja, do “alô” ao altar apenas o tempo de uma gestação. Meyer hoje tem 3 filhos, é formada em inglês e gosta de escrever. Se a colega inglesa J. K. Rowlins imaginou um menino bruxo, ela imaginou um rapaz vampiro. Se outro inglês, J. R. R. Tolkien descreveu um mundo mágico com faunos e fadas, ela foi mais pé no chão jogando os seus heróis numa escola moderna. Esses escritores hoje ganharam mais espaço com o cinema. Tolkien já morreu, mas as duas mulheres estão bem, obrigado. E ricas. Se Harry Potter já encerrou a sua odisséia em romances, é possível que os vampiros e também lobisomens de Meyer já estejam restritos às telas. Seu mais novo livro, “The Host”(aqui “A Hospedeira”) trata de uma invasão de almas, ou seja, um triangulo amoroso composto de energia (ou espírito, como queiram). Meio “sci-fi” meio melô. Vai (também) dar filme.
Mas o feitiço da lua é o seguinte: na saga de “crepúsculo” é o satélite natural quem dá a dica. Em principio está esperando o sol ir embora para embalar os amantes (a mocinha humana e o mocinho filhote de Dracula). Em “Lua Nova” já se sabe que a luz da noite vai gerar o lobisomem que fica no lugar do sanguessuga. E em “Eclipse”, livro que eu não li (como não li os outros), há uma conjugação de criaturas sobrenaturais e astronomia visando a velha tecla de que o amor é passarinho que não se prende em gaiola.
A marchinha de carnaval pós Apollo 11 bradou que “todos eles estão errados,a lua é dos namorados”. Stephenie Meyer endossa. E os namorados podem trocar não apenas beijos, mas dentadas em jugulares. Interessa amar, e a forma de amar ganha corações frescos, muitos iniciantes no tipo de emoção.
O cinema sempre foi um ativador de hormônios. Prossegue, ainda bem. (Pedro Veriano)

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