quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cada Doido com a sua Mania

Eu tenho carro porque preciso para viagens de grande distancia. Mesmo assim é uma peça de museu: um fusca 1994. Gosto dele como um amigo que me leva ao Mosqueiro, minha Inisfree ou Passárgada ou Shangri-la desde que observado nas épocas vazias (meu itinerário é de 4ª. a sábado em mês de fora das estações de veraneio). Mas há quem adore carro. Meu irmão era um. Tinha modelos do ano. Vivia debaixo desses carros ajeitando peças (a seu modo). Minhas filhas & genros andam em carros novos. Eu faço exercício na direção mecânica do Volks encomendado por Hitler (a única coisa boa que ele fez). Por esta distância que cultuo de carros achei um saco ver “Carros”(Cars) de John Lassetter em 2006. Saí no meio de uma sessão no finado Cine Nazaré. Teimoso, e acompanhando a mulher que leva a sério a coluna diária de critica de filmes que mantêm em um jornal, fui ver “Carros 2”. Pensei que é uma forma coadjuvante da tortura que passo tratando dos dentes. E pensei bem.
O filme reporta viagens dos carrinhos falantes a competições internacionais defendendo as cores norte-americanas. Como tal, devem enfrentar vilões terroristas. Se é engraçado, esses ganham cores e sotaques distintos. Mas no fim das contas o filme, de quase duas horas de duração, é a mesma cantilena de automobilismo acelerado.
Humanizar carros pode até valer para o meu fusca. Mas ele não fala, não me diz que as ruas estão esburacadas, que eu não o lubrifico desde o século passado, ou pede desculpas para as vezes que me deixou na estrada seja por sujo no carburador seja por quebra de cabo de acelerador.
O filme da PIXAR é só para a garotada (de 6 a 60 anos) que choca mexer em automóveis. Há e tudo neste mundo, como quem se vidra em avião (meus sobrinhos(), em informática (meu neto mais velho), em feminismo (minha mulher). Eu só tenho um vicio: cinema. Vejo a média de 2 filmes por dia em DVD. E vou às estréias. Às vezes pego outro tipo de carro, como algumas comédias ditas românticas ou blockbusters que a mim parecem apenas busters. No caso de “Carros 2” eu tentei homenagear com a minha presença a produtora de “Up” e “Wall E”, desenhos que me sensibilizaram. Enfim, há cada um tem direito à uma mancada, E Lasseter é o dono da bola. Ou do gol contra.

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