segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cartazes da Semana

Tenho cinema perto de casa (shopping Boulevard), mas ainda assim acho incômodo ir até lá. A rua por onde vou tem postes no meio da calçada que obrigam o transeunte a passar na frente dos carros (que pouco respeitam pedestre). E só se entra na sala de projeção em hora certa. Nada de ver fim de filme. Lembro de que se fazia borderô em papel impresso pela Embrafilme & Concine. Agora a renda de cada sessão segue em computador até para a matriz da distribuidora (quando for o caso) em Los Angeles. E ainda tem o ar condicionado descontrolado. O frio é polar.
Mas não deixo de ver filmes em tela grande. E vejo muita bobagem. “Atividade Paranormal 3” é um logro. Os produtores querem que a gente pense que as imagens foram gravadas em câmera digital por um personagem. Mas há cortes, há planos diversos. Quem maneja a máquina?O fantasma da história? Por sinal uma história boba que se estende por quantos filmes o público peça. Assustar é uma arte. Logro também. Assustar logrando é arte dupla.
“Gigantes de Aço “ troca o boxe de estrelas como foi Joe Louis por robôs. O gênero deu filmes marcantes e eu cito sempre, na cabeça, “Punhos de Campeão”(The Set Up) de Bob Wise (1949).Mexendo lata não se diminui o instinto bem humano pelo ato violento. A platéia torce pelo robô do herói, um pai que recebe o afeto do filho através dos bonecos brigões.
Sabe-se que criança adora brinquedo como os Transformers. Spielberg, produzindo isso, alimenta a sua conta bancária. E o diretor Shaw Levy não tem currículo apreciável. Seus “Uma Noite no Museu” são constrangedores. O pior é que o enredo se inspirou num curta escrito por Richard Matheson para a série “Além da Imaginação”. Ele não foi citado. Não creio que tenha reclamado. Um currículo em que se conta “O Incrível Homem que Encolheu” não precisa de “reforço” como estes gigantes barulhentos.
No mais, “Os 3 Mosqueteiros” que brigam no ar (caravelas voadoras) e uma jóia na lama da programação: “Contra o Tempo”. Este bom filme do jovem Duncan Jones (de “Lunar”) conversa com a inteligência de quem vê. É imaginoso e aí está o estimulo para se ir ao cinema hoje em dia. Mesmice não paga sair de casa onde um bom DVD está sempre à disposição.

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