Um rapaz que nasceu com orelhas grandes tinha mania de fazer versos. Um dia encontrou num bar o poeta Emilio de Meneses(1866-1918), conhecido por gostar da vida boemia e fazer de um posto de venda de bebida alcoolica a sua segunda (ou primeira ?) casa. O rapaz chegou perto de Emilio e começou a versejar: “Maria Dolores/Maria Dolores/ os meus amores/dos meus amores/ entre muitas flores/entre muitas flores/és Maria Dolores/Maria Dolores”.
Emilio tomou um trago, olhou para o seu “colega” e lhe perguntou o nome.
“-João Fernandes”, respondeu. E sem demora falou a ele: “- João Fernandes/João Fernandes/orelhas grandes/orelhas grandes/ninguém te escuta/ninguém te escuta/filho da puta/filho da puta”.
A piada, que não sei se é fato verídico, lembrou-me na época em que me contaram o pequeno elefante Dumbo. Com enormes orelhas não versejou : voou(as orelhas serviram de asas). Virou atração do circo onde morava sua mãe. E salvou artistas de perigos imediatos.
O elefante voador (e orelhudo) foi imaginado por Helen Aberson (1907-1999) e Harold Pearl. O livro “Dumbo, o Elefante Voador” foi lançado em 1939. Dois anos depois surgia no filme produzido por Walt Disney com direção de Samuel Armstrong, Norman Fergunson e mais 4 membros da equipe do já famoso desenhista. Foi o 4° longa metragem dos estúdios Disney(antes “Branca de Neve e os 7 Anões”, “Pinóquio” e “Fantasia”) .Grande sucesso na época. E inovador com seqüência surrealista .
“Dumbo” vai ganhar homenagem pelos seus 70 anos numa sessão especial a ter lugar no Cine Olympia. Merece os aplausos que o poetinha esperava de Meneses (com “s”).
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