terça-feira, 29 de novembro de 2011

Max Ophuls

A elegancia de estilo de Max Ophuls pode ser observada nos filmes que foram agora editados em DVD no Brasil: “Madame D”, “La Ronde” e “O Prazer”.
Max(1902-1957)era alemão. Seu verdadeiro nome era Max Oppenheimer. Botou Ophuls por causa de uma família assim conhecida. Fez cinema em sua terra, na Austria,nos EUA e na França. Gostava de circular com a câmera como se ela dançasse uma valsa. Por essa qualidade pensava-se que ele era austríaco. Seus filmes tinham afinidades especialmente na elegância do trato e dos tipos. Em “La Ronde”,por exemplo(que aqui se chamou “Conflitos de Amor”), Anton Walbrook apresentava girando um carrossel que seguia o ritmo de uma valsa. Ele dizia: “Pelo ambiente vocês podem imaginar que vai se tratar de amor”. E se tratava. O amor seguia através de diversas personagens e quando uma falhava na cama o carrossel parecia ter quebrado. Albrook sorria e tratava de consertar a máquina.
Em “Madame De” ele seguia a mulher do titulo que era infiel a um marido infiel e as aventuras amorosas se descobriam através de uma jóia que ela empenhava. Danielle Darrieus era a madame. Charles Boyer o marido. Vittorio De Sica um amante. Um filme-valsa.
“Le Plaisir” também tem esse tom. E até filmes americanos de Ophuls tinham o charme de belle-époque. O melhor deles, “Carta de uma Desconhecida”, tratava da paixão de uma jovem de classe inferior a do amado que na verdade pouco lhe dava conta. Ele Louis Jourdan, ela Joan Fontaine. A valsa era em tom amargo, mas se ouvia e sentia.
É bom lembrar Ophuls. Os novos cinéfilos talvez não o conheçam bem. Procurem os discos com os filmes dele. O último, “Lola Montés” é uma festa visual. Um tom de despedida.

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